O ex-governador do Rio Wilson Witzel se tornou réu por organização criminosa ao lado de sua esposa, Helena Witzel, e outras oito pessoas, incluindo empresários, assessores e um líder partidário.
A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi aceita nesta quarta (16), pela juíza federal Caroline Vieira Figueiredo, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro.
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A partir das investigações dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais, no âmbito do governo do Rio, revelou-se o suposto esquema envolvendo agentes públicos e empresários ligados ao ex-governador no setor da saúde. A acusação caracteriza Witzel como o chefe da organização.
De acordo com o MPF, o grupo teria se utilizado de empresas de pessoas próximas ao governador para realizar pagamentos de propina a diversos agentes públicos. O objetivo era fechar ou manter os seus contratos com o governo do estado, utilizado o escritório da ex-primeira-dama para a emissão de notas fiscais relativas a serviços não prestados.
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Afastamento
Witzel teve processo de impeachment aprovado no último dia 30 de abril, afastado como suspeita de desvios de recursos da Saúde, com base em fraudes na contratação de duas organizações sociais que gerenciavam hospitais de campanha para tratamento de pacientes com Covid-19.
O político permanece com seus direitos políticos cassados por cinco anos. A defesa de Witzel sempre frisou que o ex-governador é inocente, e até o momento não havia se pronunciado sobre a denúncia.