Zé Pelintra, entidade que é puro estilo e gingado, terá um dia só seu
De acordo com a proposta do vereador Átila A. Nunes (PSD), a data será celebrada no dia 7 de julho; projeto aguarda sanção do prefeito
A Câmara Municipal do Rio aprovou nesta terça (16), em caráter definitivo, um projeto que inclui o Dia do Zé Pelintra no calendário oficial da cidade. A data reservada à entidade cultuada pelas religiões afro-brasileiras é o dia 7 de julho, de acordo com a proposta do vereador Átila A. Nunes (PSD).
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O projeto segue para a aprovação do prefeito Eduardo Paes, que tem tudo para sancioná-lo. Afinal, quando era candidato ao cargo, em 2020, o então alcaide e bispo licenciado da Igreja Universal, Marcelo Crivella, deu uma declaração preconceituosa que acabou tornando Pelintra um símbolo de sua campanha: “Eduardo Paes não vê a hora de colocar seu chapeuzinho de Zé Pelintra para desfilar no Carnaval”. Foi o que bastou para o chapéu Panamá como o de Zé Pelintra – que sempre teve sua imagem ligada à malandragem carioca – virar objeto de desejo e passar a ser oferecido em camelôs por toda a cidade.
Embora seja associado à boemia e à cultura carioca, por seu estilo e gingado, Zé Pelintra é uma entidade oriunda da Região Nordeste do Brasil, cultuada no Catimbó. Na Umbanda, Zé é chefe da falange dos Malandros, da qual fazem parte Maria Navalha e outras variações apresentadas nos terreiros.
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“Zé Pelintra é conhecido por toda a cidade. Não é difícil encontrar pessoas que não são religiosas, mas que se identificam com a figura da divindade, presente no samba, nas rodas de pagode e até na moda do Rio com o tradicional chapéu Panamá e terno de linho branco. Meu objetivo é reconhecer de forma oficial quem o carioca já abraçou há anos de tradição”, afirmou Átila A. Nunes.