O currículo do empresário Wanderley de Abreu Júnior, de 35 anos, impressiona: ele trabalhou na agência espacial americana (Nasa), na Agência Espacial Europeia, em órgãos ligados à Otan, além de ter chefiado a Coordenadoria de Investigações Eletrônicas do Ministério Público do Rio. Agora, sob o comando de um escritório de tecnologia com filial em Nova York, acaba de vencer a licitação para fornecer ao Exército brasileiro seis drones, que, juntos, custarão 240 000 reais. “O equipamento é uma alternativa muito mais discreta e barata aos helicópteros, e pode monitorar desde a invasão de fronteiras até confrontos em favelas”, diz o empreendedor, que também acredita nessa tecnologia para ajudar em situações de risco como os desabamentos de Nova Friburgo. “O problema é que o investimento do governo brasileiro ainda é nulo. Enquanto isso, o Google já pesquisa o uso de drones como alternativa aos satélites e a Amazon planeja fazer entrega de encomendas com eles”, desabafa.