A discussão sobre gêneros nunca esteve tão atual, o que se reflete nas novelas. Após transmitir o primeiro beijo gay do horário nobre, em 2014, no folhetim Amor à Vida, a TV Globo agora aposta em tramas que envolvem personagens de diferentes orientações sexuais. Responsáveis por esses papéis, os atores que estão no ar defendendo a igualdade de gêneros falaram a VEJA RIO sobre o desafio.
Carol Duarte, a Ivana de A Força do Querer – “Fiquei muito feliz de poder levar para a casa das pessoas um tema tão urgente. Minha família está muito orgulhosa por eu interpretar o papel. Mesmo que não vivamos na pele essa realidade, precisamos apoiar a luta trans. Ela também nos diz respeito.”
Silvero Pereira, o Nonato e a Elis Miranda de A Força do Querer – “É uma honra e um privilégio poder conciliar trabalho e responsabilidade social. O transformismo é uma bela arte, como outra qualquer. No teatro, local onde cresci, vi muitas atrizes e muitos atores sendo praticamente expulsos por se travestir em cena. É como se o lugar deles fosse a boate, e não o palco.”
Maria Clara Spinelli, a Mira de A Força do Querer – “Interpretar uma mulher cisgênero, sendo trans na vida real, traz um sentimento de realização. Esperei muito por essa chance. Até agora havia vivido personagens como eu, transgêneros. Sonho em fazer a mocinha um dia, mas ainda há muitas barreiras a ser quebradas.”
Gabriel Sanches, a drag queen Rúbia de Pega Pega – “Eu sou exatamente essa pessoa, homem que se veste de mulher, que se ama e se acha linda como drag queen, mas que adora sua barba. Sou um amante do feminino. É hora de mudar o mundo, de permitir que seres humanos se apaixonem por outros sem rótulos.”