Filha de Wolf Maya e Cininha de Paula, a atriz Maria Maya demorou quase duas décadas de para estrear como diretora, função que consagrou seus pais. A espera, porém, foi recompensada: sua montagem da tragicomédia Adorável Garoto, do cultuado dramaturgo americano Nicky Silver, tem conquistado elogios pela direção segura, insuspeita para uma iniciante. “Foi especialmente desafiador porque a peça não foi bem-sucedida nos Estados Unidos. Queria ver como os brasileiros absorveriam a complexidade do texto”, diz Maria, que, pelo visto, tomou gosto. Para o ano que vem, ela tem engatilhados projetos de dirigir a montagem de uma obra nacional e uma série de TV, sem nenhum temor de comparações com os pais. “Eles sempre foram, para mim, uma referência de comprometimento, dedicação e generosidade. Ser comparada a eles é um elogio desafiador.”