Monica Iozzi não gostou nada da decisão judicial que a condenou a pagar 30 000 reais ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e vai recorrer na justiça. A atriz criticou Mendes no Instagram por conceder Habeas Corpus ao ex-médico Roger Abdelmassih, depois de sua condenação a 278 anos de prisão por estupro de pacientes. “Se um ministro do Supremo Tribunal Federal faz isso… Nem sei o que esperar…”, escreveu Monica na postagem. O juiz responsável pelo caso, Giordano Resende Costa, afirmou que a artista poderia dar sua opinião política, mas não violar a dignidade, a honra e a imagem do ministro.
Segundo o juiz, o ministro foi prejudicado porque Monica sugere, em seu texto nas redes sociais, que Gilmar Mendes seria cúmplice do crime de estupro, tornando questionável o seu caráter e imparcialidade na condição de julgador. Costa afirmou ainda que, pelo fato de Monica ser uma pessoa pública, ela deve usar sua liberdade de expressão de forma consciente e responsável. A atriz, no entanto, não concorda que houve ofensa ao servidor público, mas sim a expressão de uma opinião sobre um fato público a respeito do julgamento de um médico que chocou o país.
Para quem não se lembra, Roger Abdelmassih foi um dos mais renomados especialistas em reprodução assistida do Brasil. Casais de todo o país (inclusive celebridades como Tom Cavalcanti, Pelé e Luiza Tomé) já procuraram sua clínica, em São Paulo, para ter filhos. Abdelmassih foi preso no dia 17 de agosto de 2009 depois que 60 mulheres o acusaram de cometer crimes sexuais. Em 23 de novembro de 2010, foi condenado a 278 anos de prisão por 56 estupros, mas não foi preso em virtude de habeas corpus concedido pelo STF, em 2009 (em fevereiro de 2011, o habeas corpus foi cassado pelo próprio STF). Abdelmassih fugiu do país com a mulher, Larissa Sacco, ex-paciente e ex-procuradora da República, mais os dois filhos gêmeos do casal.