Na semana passada, uma cena descrita por um carioca nas redes sociais gerou comoção. Aconteceu o seguinte: em um restaurante de Ipanema, o Zazá Bistrô, uma senhora de uniforme branco aguardava na fila de espera com o celular na mão, desconfortável em meio à clientela toda arrumada. Era uma babá que estava ali guardando o lugar para a patroa. “Você manda o empregado na frente e chega depois, linda e rica, quando a mesa está pronta. E faz um leve aceno com a cabeça, que deve ser o código para mandar a empregada a pé, às 23 horas, para casa”, criticou o narrador do episódio na internet. Os comentários repercutiram a atitude da patroa: “Há mais de dez anos já se mandavam babás e empregados, às quintas pela manhã, para ficar na porta da Louis Vuitton por causa das bolsas mais disputadas”. Para o administrador de empresas Mario Avelino, presidente do Instituto Doméstica Legal, essa é uma herança da cultura escravagista que ainda impera no emprego doméstico no Brasil. “Além do mais, existe uma coisa chamada reserva”, afirma Avelino, que se prepara para lançar, em julho, o livro Novos direitos e deveres do empregado e do empregador domésticos.
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