Nascida Astolfo Pinto, Rogéria diz que sua alma foi sempre feminina — “De mulher rica! Nunca fui vulgar nem boa dona de casa”, dispara. Ícone do transformismo na década de 60, a artista vai lançar um livro, aos 73 anos, para revelar curiosidades do showbiz e, é claro, de seus romances. “Eu não queria uma biografia de bicha triste, decadente. Uso colar de pérolas verdadeiras até hoje. Sou o travesti da família brasileira, amada até pelas vovós.” Sem revelar nomes, mas dando pistas, ela descreve cenas quentes com políticos, artistas, empresários e jogadores de futebol (do Santos e da seleção brasileira de 1970). “Já esnobei o Marlon Brando”, diverte-se. Um pouquinho mais de Rogéria:
Casamento gay: “A união civil entre os homossexuais é fundamental. Já a cerimônia, a festa, é coisa de bicha maluca. Não tem a menor relevância”.
Mudança de sexo: “Nunca me arrependi de não ter feito a cirurgia. Um patrão quis me obrigar a isso, mas pedi demissão. Sou gay, não mulher”.
Brasil: “Estamos regredindo. Não só estão matando mais homossexuais, como estuprando mulheres. Ninguém atacava as moças quando lançaram a minissaia, na década de 60”.
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