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Bruno Chateaubriand

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Lotação máxima: no Leblon não há mais pandemia?

Bares e restaurantes da badalada Dias Ferreira seguem com mesas cheias e filas de espera

Por Bruno Chateaubriand Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 fev 2021, 14h52 - Publicado em 22 fev 2021, 21h21
Reprodução
 (Ellen Bessa/Reprodução)
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Desde o início das medidas de restrição social na cidade do Rio de Janeiro, em março de 2020, decorrentes da pandemia, é fato notório que o setor de bares e restaurantes foi um dos mais prejudicados. Obrigados a fechar, a maioria dos estabelecimentos tiveram que se reinventar e, os que não conseguiram, tiveram que encerrar suas atividades evidenciando a gravidade dos efeitos da pandemia no setor. Entretanto, na mão contrária dessa crise, a rua Dias Ferreira, no Leblon, continuou com alto índice de ocupação.

Desde a autorização para reabertura de bares e restaurantes no início de julho de 2020, o local se consagrou como um sucesso absoluto entre as classes mais abastadas. Nos horários de pico, de quarta a domingo, é impossível conseguir uma mesa sem uma longa espera, mesmo com a liberação da Prefeitura para que esses locais coloquem mesas na área externa, utilizando a calçada como espaço do próprio restaurante e aumentando sua capacidade de público. Com a utilização das áreas externas, os bares e restaurantes lá localizados conseguiram se manter com um número considerável de clientes.  Inúmeros vídeos e fotos, facilmente localizáveis na internet, demonstram que o local hoje passou a ter a lotação dos tempos de carnaval de anos passados, em todos os finais de semana.

 

O depoimento abaixo da jornalista Ellen Bessa, que é antiga frequentadora do local, narrou sua experiência na Dias Ferreira nesse último dia 18 de fevereiro de 2021:

 

“Cheguei no local por volta das 20h e me deparei com todos os bares e restaurantes lotados. A fim de verificar o movimento no local, resolvi jantar no Iara Mar&Bar, no número 64 da Rua.

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Cheguei no Iara por volta das 20h e, apesar da insistência, não consegui local em nenhuma das mesas externas, tampouco no bistrô, ambos já totalmente preenchidos. A solução foi me sentar do lado de dentro, onde ainda restavam três mesas disponíveis. As quais, entretanto, rapidamente ocupadas. Por volta das 21h, pude contar cerca de 50 pessoas no restaurante, consumindo dentro e fora do local, alcançando a capacidade máxima de lotação.

 

O restaurante está localizado no quarteirão mais movimentado e badalado da rua, impossível hoje de se conseguir uma mesa sem longas esperas. O local é inspirado no mediterrâneo e seu chefe Frederic Monnier é quem assina os pratos, que têm alto valor econômico. Um jantar com dois drinks e um prato principal não sai por menos 200 reais por pessoa.

 

O lugar se manteve cheio por todo o tempo que estive dentro do estabelecimento e também próxima ao local, na própria Dias Ferreira. Por volta das 22h já era possível ver que havia fila de espera e eram muitos os interessados em aguardar um espaço.  Alguns até desistiram e procuraram outro lugar um pouco mais vazio, mas a fila se estendeu até praticamente o fechamento do restaurante, por volta das 2h da manhã.

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A experiência narrada muito me impressionou, pois apesar das notícias acerca da Dias Ferreira, achei que com a anunciada segunda onda, os lugares estariam um pouco mais vazios e com mesas sobrando. Entretanto, isso apenas reforça o quanto os estabelecimentos da Dias Ferreira estão faturando alto durante a pandemia, na contramão de grande parte do setor”.

 

 

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