Chegou a vez da verde e rosa, chegou o mapa astral da Mangueira
Análise realizada pelo astrólogo José Maria Gomes Neto revela uma conjunção auspiciosa para a agremiação
O mapa astral da Mangueira é o segundo a ser revelado na série especial. A tradicional verde e rosa do samba, que arremata corações, teve sua mandala interpretada pelo astrólogo José Maria Gomes Neto. A agremiação, que completa 95 anos em 2023, atravessa um período de muita sorte, segundo análise realizada. A data de fundação é o marco zero de uma escola de samba e a partir dessa informação é feita uma leitura de cada conjunção planetária.
A Mangueira nasceu, 28 de abril de 1928, com a auspiciosa conjunção entre Júpiter e Vênus, os diamantes do céu, que iluminavam o amanhecer daquele dia. Os antigos caldeus, astrólogos da Mesopotâmia, escreveram com caracteres cuneiformes, em tabuletas de argila, há mais de 3.000 anos, que “quando Vênus e Júpiter se encontram, as orações da Terra alcançam o coração dos deuses”. Por curiosidade ou “sincronicidade” – em 2023, no dia 2 de março – estes dois planetas benéficos se encontram no mesmo signo de Áries – e ao longo do ano, Júpiter retorna à sua posição no mapa da Mangueira, anunciando um “ano de Sorte”, quando coisas grandiosas podem acontecer.
Júpiter expande tudo o que toca e Vênus representa a energia arquetípica feminina, princípios de harmonia e beleza que regem o signo de Touro, o Sol da Mangueira, e se manifesta em Áries: é a força das mulheres guerreiras! A presença de Júpiter em conjunção com Vênus amplifica esta força do feminino que busca canais livres para manifestação.
Estes planetas em Fogo com Urano, mais Saturno em Sagitário e Netuno em Leão desenham no céu um triângulo flamejante e emprestam à Terra do Sol em Touro, a energia da paixão, que não falta, e nem carvão para manter a locomotiva da Estação Primeira em ação, do início ao fim do desfile na mesma contagiante vibração. Marte, o regente de Áries está em Peixes neste mapa– signo que rege os pés – é o pé no chão, pé de samba, no ritmo da Terra. O coração bate no pé e fica nas mãos quando a Mangueira entra na avenida. É o berço dos grandes sambistas que mantém a Tradição. Este excesso de Fogo no céu sobe como sangue esquentando a cabeça enquanto a Lua (povo) atravessa a linha de Netuno, entrando em Virgem: é a mão na massa, em surdos e tamborins. A pulsação do coração da bateria coloca a multidão de pé: de prontidão. Mas é preciso ter coragem para entrar na roda desse samba-raiz, pois depois é difícil sair.