Morreu na madrugada desta segunda (31), no Rio de Janeiro, o cantor e compositor Dominguinhos do Estácio aos 79 anos. A informação foi divulgada nas redes sociais do intérprete do carnaval carioca. Revelado pelo tradicional bloco de carnaval Bafo da Onça, no fim dos anos sessenta, o puxador foi interprete do primeiro título de três escolas; Imperatriz Leopoldinense-1980, Estácio de Sá-1992 e Unidos do Viradouro-1997. Em 2020, já com a saúde debilitada, o artista foi homenageado pela escola de Niterói na véspera do carnaval.
Internado desde o dia 11 de maio no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, Dominguinhos passou por uma cirurgia de emergência após uma hemorragia cerebral.
Domingos da Costa Ferreira nasceu no Rio no dia 4 de agosto de 1941 e começou a carreira no carnaval no fim dos anos 60 como cantor e compositor na escola Unidos de São Carlos, que, no carnaval de 1984, passou a se chamar Estácio de Sá. O nome Dominguinhos do Estácio é uma referência ao bairro onde o intérprete nasceu. “Dominguinhos nos deu a certeza que o samba tinha na sua voz o sabor e a força da nossa gente”, diz a cantora e sambista Dorina.
Vencedor de cinco títulos do carnaval carioca, 1980/1981/1989/1992/1997, o sambista se tornou sinônimo de alegria com os gritos de guerra nas agremiações por onde passou. Em 1992, no primeiro campeonato da GRES Estácio de Sá, com Pauliceia Desvairada, o cantor levantou todas as arquibancadas do sambódromo, com um enredo que retratava os 70 anos do modernismo.
Ao longo da carreira, também gravou nove discos. Ainda não há informações sobre o velório e enterro.