Faltando menos de um mês para o carnaval, a nossa coluna resolveu realizar uma pesquisa: qual a melhor quadra de escola de samba do Rio de Janeiro?
Para um sambista raiz, o desfile na Marquês de Sapucaí é a finalização de um espetáculo, é o momento de realização de um ano de trabalho, que começa nas quadras e nos barracões. Nas quadras, no entanto, são ensaiados diversos segmentos do espetáculo. Bateria, baianas, casais de mestre-sala e porta-bandeira, alas da comunidade, passistas, puxadores. Tudo é amadurecido, ali, onde, dançando e cantando nossos artistas movimentam verdadeiros templos de resistência cultural do nosso carnaval.
Os verdadeiros protagonistas da Sapucaí podem ser encontrados o ano inteiro em cada um dos endereços das doze agremiações do grupo especial e nas quinze quadras da série Ouro.
Pensando em ouvir especialistas, nossa coluna resolveu criar esse prêmio, e este colunista resolveu abster-se da votação e apenas recebeu os votos.
Convidamos frequentadores que conhecem a evolução de cada endereço, que frequentam quadras há décadas. Cada componente do júri enumerou três quadras, dando um voto para a melhor quadra, que valeu 30 pontos na contagem, um segundo, com 20 pontos e um terceiro lugar, com 10 pontos.
Os critérios de avaliação foram individuais, mas foi levado em consideração aspectos como: respeito às tradições do samba, posicionamento da bateria na quadra, acústica e receptividade. Onze quadras foram votadas, o que demonstra uma variação de gostos e possibilidades.
A grande vencedora foi a quadra da Acadêmicos do Salgueiro, seguida por Mangueira e Portela, que completaram o pódio.
Para integrar o júri foram convidados, a professora e carnavalesca Maria Augusta, o apresentador da TV Globo no carnaval Milton Cunha, o escritor e autor Alberto Mussa, a pesquisadora e escritora Rachel Valença, o ator, produtor e pesquisador Haroldo Costa, o mestre de bateria Odilon, o jornalista e escritor Leonardo Bruno, o apresentador do bar apoteose e produtor Alex Cardoso, o professor e pesquisador Felipe Ferreira, a professora e pesquisadora da cultura afro-brasileira Helena Theodoro, a cantora e sambista Dorina e o professor de casais de mestre-sala e porta-bandeira, mestre Manoel Dionísio.
Vamos ao resultado:
1º lugar – Salgueiro – 220 pontos.
Rua Silva Teles 104, Andaraí. @salgueirooriginal
2º lugar – Mangueira 120 pontos.
Rua visconde de Niterói 1072, Mangueira. @mangueira_oficial
3º lugar – Portela 110 pontos.
Rua Clara Nunes 81, Madureira. @oficialportela