A exemplo do que já ocorre no mercado de cervejas, sobretudo quando uma marca ganha destaque e se torna representativa em volume de vendas, a cigana Brassaria Ampolis – chegada ao setor em 2013 sob investimento inicial de 20 000 reais – foi incorporada ao Grupo Petrópolis. Embora nenhuma das partes ainda assuma oficialmente a união, o assunto já corre nos bastidores do ramo e, inclusive, reuniões recorrentes têm sido feitas para chegar a um consenso de como será feito o anúncio e o alinhamento das estratégias.
Segundo fontes, a sociedade será nos mesmos moldes da sul-africana Miller (do gruo SAB Miller) e da alemã Weltenburger, com parceria na produção, envase e distribuição/vendas. A transferência de brassagens da Ampolis para a fábrica de Teresópolis, a única planta da companhia que produz rótulos premium, está prevista para o início de março de 2018. No entanto, o comando da marca segue “independente”.
Com isso, a artesanal carioca passa a integrar o portfólio da terceira maior cervejaria do país, que inclui nomes como Petra, Black Princess e Weltenburger Kloster, além de Itaipava, Crystal e Lokal, no segmento popular.
A união tem tudo a ver com a proposta da Ampolis, que já em 2016 anunciava sua estratégia de expandir as vendas para o exterior, inicialmente Estados Unidos (e posteriormente Canadá, Portugal e Angola), e tinha previsão de crescimento de 500% até o fim daquele ano. A marca foi fundada por Sandro Gomes em homenagem ao pai, Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941-1994), intérprete do humorista Mussum, em sociedade com Diogo Mello e Leonardo Costa. Atualmente, dispõe de quatro rótulos: a pioneira Biritis (vienna lager), além de Cacildis (premium lager), Ditriguis (witbier) e Forévis (session ipa).
Procuradas, as assessorias da Ampolis e do Grupo Petrópolis não quiseram se pronunciar.