O quiosque da grife Beth Chocolates, no Shopping Leblon, encerrará suas atividades no próximo dia 28 de dezembro. O anúncio foi feito na tarde desta quinta (26) pela própria fundadora, Elizabeth Garber, na forma de um desabafo em seu perfil do Facebook. A empresária, que já havia se mudado de uma loja no terceiro piso para um quiosque no corredor do pavimento abaixo, vinha sofrendo com os altos custos de ocupação e perda de receita. A gota d’agua para a decisão teria sido a abertura, na própria quinta, de um quiosque da prestigiada marca AMMA. “Um shopping que vive as moscas o dia inteiro, vendedoras andando de um lado pro outro reclamando das vendas, sem fluxo e cada dia abre mais um negócio de chocolate. Deu!”, escreveu na rede social. No mesmo shopping funcionam unidades das marcas Koppenhagen, Libndt e Paradis Délices Français. Para ela, uma concorrência desproporcional às dimensões do condomínio.
Beth reclama ainda do alto valor do aluguel, que, em novembro, teria sido de 17 000 reais. E, em dezembro, de 22 000 reais. “Não suporto mais me endividar. Minhas contas estão estouradas”, desabafou ao telefone. Segundo a empresária, o faturamento do quiosque fica praticamente empatado com os custos. Fundada em 1986, a Beth Chocolates atuou nos bastidores por 20 anos, até inaugurar, em 2006, a loja do shopping Leblon. Ali, conquistou a clientela com bombons delicados, feitos em belos formatos com matéria-prima belga, eleitos em 2012 os melhores da cidade no especial COMER & BEBER, publicado por VEJA RIO. As atividades na fábrica, que fornece para uma série de eventos, festas, casamentos e outros estabelecimentos, incluindo o chique Empório Santa Maria, em São Paulo, permanecem a todo vapor.
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Coma repercussão de seu post na rede, Beth já andou recebendo propostas de reabrir em outras bandas. Em um comentário, um amigo chegou a oferecer um imóvel na Rua Figueiredo de Magalhães, em Copacabana. Me lembrou o que aconteceu recentemente com a Boulangerie Guerin. O anúncio do fechamento de suas últimas unidades sensibilizou o empresário e investidor Omar Peres, que, em uma semana, ressuscitou a confeitaria. “Quem não chora não mama”, já preconizava a marchinha.