No último dia 7, o fechamento da matriz do eñe, em São Paulo, levou à pergunta: qual será o destino da filial carioca do restaurante espanhol? Esta semana eu conversei com Arcadio Martinez, o terceiro sócio na empreitada dos chefs gêmeos Sergio e Javier Torres. Responsável por tocar os negócios no Brasil, ele me garantiu que por aqui nada muda. Pelo menos por enquanto. “O futuro não dá para prever, mas no momento não há nenhuma intenção de fecharmos o eñe no Rio”. Martínez, que mora na capital paulista, tem dedicado mais tempo à casa no térro do Hotel Royal Tulip, em São Conrado. E acrescenta que os Torres voltarão à cidade ainda este semestre trazendo novidades – a dupla mora em Barcelona, onde possui o Dos Cielos, uma estrela no Guia Michelin. Mas o que houve com a matriz paulistana? “Tivemos um proposta pelo ponto que, naquele momento, era mais vantajosa do que permanecer funcionando”, afirma. Segundo o restaruateur, a receita não estava acompanhando o aumento dos custos fixos. “O mercado em São Paulo está ficando perigosamente restrito. Lá, só têm tido sucesso casas italianas e japonesas. Aqui no Rio, talvez por não ter tanta tradição nestas cozinhas, o público é mais aberto”, opina. Segundo ele, outro fato que favoresse a operação caricoa é o acordo vantajoso com a rede hoteleira, que ajuda a manter as contas da casa no azul. Por aqui, o dia a dia da cozinha segue sob os cuidados de Diogo Ribeiro, quarto profissional a assumir a função no restaurante, que, em junho, completa quatro anos de vida. A conferir.