Fora do circuito desde que deixou o Bottega del Vino, há um ano e meio, casa italiana da dupla Dionisio Chaves e Nicola Giorgio, o promissor chef Pedro Pecego está de volta. Depois de uma temporada de oito meses em Búzios, onde montou e chefiou a cozinha do resort Blue Tree Park, ele acaba de assumir a matriz do Zuka, no Leblon – a filial, no BarraShopping, tem outro comandante, Marcelo Ribeiro. Pecego assume o cargo com um baita desafio: manter o rendimento da antecessora, a chef Ludmila Soeiro. Titular do posto por doze anos, ela saiu para investir em projetos pessoais, deixando para trás uma casa lotada dia sim outro também. “Vou dar meu toque pessoal, mas tenho que fazer isso sem chocar o cliente”, assume. A princípio, ele só mudará cerca de 40% do cardápio fixo, que deverá relançar no fim de fevereiro. Clássicos como o namorado com surpresa de foie gras e o atum semicru com tagliatelle de pupunha, ele avisa, não serão tocados. Por hora, suas criações já podem ser conferidas na forma de sugestões, no jantar de sexta e nos dois serviços do fim de semana. Servida recentemente, a lagosta ao molho de champanhe, guarnecida de galette de batata-doce e aspargos grelhados, fez tanto sucesso que já garantiu lugar no menu fixo.
Com 31 anos, o cozinheiro já soma dezesseis de profissão – começou aos 14 e chefiou a primeira cozinha aos 18, num resort em Angra dos Reis. Lapidado por profissionais como Nao Hara, Flávia Quaresma e Pierre Landry, seus grandes mentores, aprendeu a trabalhar com comida japonesa (sua primeira escola), francesa, italiana e contemporânea, estilo que segue atualmente, além de ter trabalhado em Paris e Portugal. Apesar de tarimbado nas técnicas de cozinha clássica, ele tem sido aprendiz mais uma vez para tentar dominar grande alma da cozinha do Zuka: a grelha (de onde saem 80% dos pratos servidos na casa). “O grande segredo é conseguir controlar a temperatura. Mas o Virgílio (subchefe treinado por Ludmilla) sabe tudo e estou aprendendo muito com ele”, afirma.