Começou a farra do Mondial de la Bière. E de fato trata-se de um parque de diversões para os cervejeiros. Antes de qualquer coisa, vale ressaltar que é preciso ter uma dose de paciência. Em alguns stands e principalmente na variada área de alimentação filas se formam com facilidade. Mas faz parte do programa. E relaxe, cerveja não vai faltar. Principalmente as cariocas que cresceram em número, variedade e qualidade.
Minha primeira parada foi na 2Cabeças. Bernardo Couto e Maíra Kimura apresentaram três novidades, mas eu só consegui provar duas. Batizada de IRA, a parceria com a Cuesta trata-se de uma India Red Ale com aromas que lembram uma IPA, mas sem o amargor característico. Já a clássica Hi-5 aparece na versão Oak após ter envelhecido por um ano em barril de carvalho. Vamos ver se hoje consigo beber a double Maracujipa. Promete!
No stand da St. Gallen, quem não teve a oportunidade de conhecer os chopes sazonais criados por Gabriel di Martino vai poder matar a curiosidade. Estão lá o pepper ale, que, aviso, não é fácil já que a pimenta se mostra bem presente, e a session IPA de goiabada, essa uma cerveja leve e aromática. Ambos fazem parte da linha Harlekin, que em breve será comercializada.
Dei também um pulo rápido para conferir novamente a Blonde ALE do pessoal da Three Monkeys, que agora a vende em garrafa. O belíssimo stand da Jeffrey conta através de quadros a história da marca e do seu pato de terno. As criações que também já havíamos comentado por aqui estarão por lá, inclusive a maravilhosa APA.
Agora o que foi uma das grandes sensações do primeiro dia foi o Contrabando Beertruck. A criação de Rodrigo Sampaio, dono do Antiga Bar e Mercearia, chamou atenção pela beleza e, é claro, pelas belíssimas cervejas. Das cinco provei três. A velha conhecida Hija de Punta estava uma beleza como sempre. A tripel Magic Trap, da Hocus Pocus, foi uma bela surpresa. O mesmo pode-se dizer da session IPA NEMA, criação dos novatos 3Cariocas. Os jovens fizeram uma cerveja extremamente agradável.
Curtinhas:
– A Spiegelau lançou três belíssimas taças para degustar suas cervejas em casa. Feitas em cristal puro, foram desenhadas para os estilos IPA, Stout e Wheat/Witbiers. Esta última impressiona por fugir completamente do modelo clássico alemão que encontramos por aí.
– A Bohemia apresentou as três novidades que a gente já havia especulado aqui no Conversa de Botequim. Não consegui provar, mas as três receitas tiveram supervisão do badalado chef Felipe Bronze. A Bela Rosa é uma witbier com pimenta rosa. A Japutiba é uma IPA com jabuticaba. A Caá-Yari é uma Blonde Ale que teve adição de erva-mate.
– Se você curte as belgas, dê um pulo no stand da importadora Meara. É uma boa oportunidade para experimentar a tão falada Deus, que pode ser comprada em garrafa ou mesmo uma taça.
– Para comer, o pessoal do Clube do Cozinheiro se uniu ao do Ogrostonomia. De lá saem maravilhas feitas pelos já badalados Ogro e pela dupla Bruno Magalhães e Cezar Cavaliere. O croquete de stracotto com pesto de agrião é de chorar. Já no Boteco do Toninho, do campeão Bar do Momo, você encontra o imbatível bolinho de arroz.