As prateleiras das farmácias repletas de dermocosméticos deixam qualquer leigo confuso. São tantas promessas de beleza, diferentes preços e nomes de ácidos que acabam mais por confundir do que esclarecer. Mas saber o que estamos aplicando na pele e como o produto atua pode ajudar a entender a importância da disciplina na rotina, já que é possível observar melhor os efeitos e reconhecer os benefícios de um dia a dia com mais acertos que erros. Na quarta-feira, estive no programa “Mais Você” (assista aqui) e conversei com Ana Maria Braga, uma das mulheres mais bonitas do Brasil e que se cuida com consciência desde muito jovem, sobre os principais tipos de ácidos, para que serve cada um e qual o melhor momento do dia para aplicá-los. O guia abaixo ajuda a entender os benefícios de cada um, mas (sempre!) procure seu dermatologista para prescrever os produtos e concentrações adequadas aos seu tipo de pele.
Vitamina C: Muitos não sabem, mas a vitamina C é também um tipo de ácido, o ascórbico. Tem ação antioxidante, excelente para combater efeitos da poluição e radicais livres. O melhor momento para aplicar é durante o dia por meio de produtos de textura mais delicada, como sérum ou gel creme. A vitamina C dá viço, ilumina a pele e potencializa o efeito do protetor solar. Além disso, estimula a produção de colágeno, quando usada em alta concentração, e ajuda no clareamento, o que faz com que seu uso seja benéfico em associação a tratamentos para manchas.
Ácido retinóico: Ação antienvelhecimento e clareadora. É um bom ácido para tratar manchas, mas como é um ácido mais forte, evitamos prescrever no verão, a não ser para pacientes com muita disciplina em relação à proteção solar. Tem a capacidade de suavizar linhas finas e melhorar a textura da pele por promover a renovação celular. Está presente em dermocosméticos, que devem ser usados durante à noite, e também em peelings com alta concentração feitos em consultório. O retinol, muito comum em dermocosméticos, é um derivado deste ácido e tem menor potencial de irritação da pele, com menor eficácia terapêutica.
Ácido glicólico: Também tem ação antienvelhecimento. Deve ser usado de preferência à noite, por sensibilizar a pele. Promove a renovação celular através de uma leve descamação da pele, estimula a produção de colágeno, e atua na firmeza e elasticidade cutânea. Ajuda no clareamento de manchas, na desobstrução dos poros, prevenindo cravos e acne, e melhora a textura da pele.
Ácido salicílico: É usado em peles com tendência à acne. Ação anti-inflamatória. Ajuda no controle da oleosidade e redução dos poros, melhorando a textura da pele. Promove uma renovação superficial, dando mais viço e removendo células mortas.
Ácido hialurônico: Excelente efeito de hidratante por ter a capacidade de reter a água na na pele, mantendo os níveis de hidratação. Pode ser usado em todas as idades, e em especial na fase da menopausa, quando a pele fica mais ressecada. Dependendo da concentração, tem também a capacidade de promover o aumento da produção de ácido hialurônico pelo organismo.
Ácido mandélico: Recomendado para peles mais sensíveis e intolerantes ao ácido glicólico e retinóico, já que é mais lentamente absorvido por ter uma molécula maior. Possui ação hidratante, clareadora, antibacteriana e fungicida, sendo indicado para peles com tendência à acne ou com manchas escuras. É indicado também para peles negras. Tem ação anti-inflamatória para controle da oleosidade e desobstrução dos poros, prevenindo cravos e espinhas e melhorando a uniformidade da pele. Combate linhas de expressão.
Ácido lático: Indicado para peles mais sensíveis, por ter um peso molecular intermediário, não penetrando tão profundamente na pele. Remove suavemente as células mortas, promovendo uma renovação superficial. Tem potencial de hidratação por ajudar a reter as moléculas de água.
Lembre-se sempre: pele é rotina e construção diária de resultados. Hoje é o melhor dia para você começar a se cuidar!