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Daniela Alvarenga

Por Daniela Alvarenga, médica, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Sono da beleza: Você está dormindo bem?

Qualidade do sono, que piorou para mais da metade dos brasileiros na pandemia, interfere na beleza da pele

Por Daniela Alvarenga Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 set 2021, 12h36 - Publicado em 14 set 2021, 09h09
Dormir bem
 (Canvas/Reprodução)
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Desde que a pandemia foi decretada, não é incomum ouvir de amigos e pacientes sobre uma piora na qualidade do sono. Os motivos podem ser diferentes para cada um, mas o impacto na saúde e, sim!, na beleza da pele ocorrem da mesma maneira. Nos últimos anos, dormir bem virou eixo fundamental na abordagem de diversas especialidades, entre elas, a dermatologia –a ponto de já termos no Brasil a chamada “sleep economy”, com serviços, aplicativos e produtos voltados para auxiliar as pessoas a terem uma boa noite de sono.

É um luxo para poucos dormir pelo menos 8 horas todos os dias. Especialmente em cidades maiores, como o Rio de Janeiro, os níveis de estresse e exigências de uma vida profissional e social agitada interferem no tempo dedicado ao descanso. Na pandemia, o acúmulo de funções e a necessidade de lidar com tantas incertezas levou a uma piora da qualidade do descanso, que foi detectada numa pesquisa do Instituto do Sono. 55% dos entrevistados relataram estar tendo mais dificuldades para dormir.

O modo e a quantidade de tempo que alguém dorme pode interferir também na beleza. Durante o período do sono, o corpo entra num estado regenerativo e construtivo. Noites mal dormidas acumuladas podem acentuar as olheiras, comprometer o funcionamento das glândulas seborreicas, piorar o quadro de acne e caspa, levar à queda de cabelo, especialmente quando a insônia está associada a estresse, e acelerar do envelhecimento, já que quando descansamos que ocorre a renovação das células e a eliminação de radicais livres. Uma má qualidade duradoura do sono pode acentuar linhas finas, tirar o viço da pele e até comprometer o resultado de tratamentos e procedimentos de beleza. Além disso, dormir bem contribui para o controle do peso e auxilia na regulação dos níveis de hormônios, como leptina, GH, adrenalina e cortisol, que estão associados a saciedade, manutenção de massa magra, queima de gordura e controle dos níveis de açúcar no sangue.

Segundo a Associação Brasileira do Sono, os distúrbios do sono atingem cerca de 73 milhões de pessoas. O Brasil está entre os países que menos dorme no mundo, ao lado do Japão e de Singapura! Segundo a empresa alemã Statista, especializada em dados de mercado, o mercado global de “sleep economy” foi avaliado em US$ 432 bilhões em 2019 e deve chegar a US$ 585 bilhões nos próximos três anos. Esse mercado cresceu tantos nestes meses de pandemia no Brasil que em outubro de 2022 São Paulo vai receber a SleepWell Expo, primeira feira nacional voltada para ajudar pessoas que sofrem com desordens do sono.

Esta “economia do sono” inclui acessórios inteligentes como fones antirruído, cobertores que mudam a temperatura e travesseiros que detectam e evitam padrões de ronco, inflando-se para regular e ajustar a posição da cabeça, facilitando o fluxo de ar. Há também uma série de produtos para o ambiente do quarto, como objetos voltados para cromoterapia e aromaterapia e aplicativos e gadgets voltados para meditação, respiração e medição de sono e de ambiente.

Para dormir melhor, é preciso investigar o que está levando à insônia. Mas algumas mudanças simples podem ser feitas para tentar melhorar. Sono é regularidade. E se tem algo que a pandemia atrapalhou bastante é a rotina, especialmente das mulheres e de quem tem filhos. Tente criar e manter uma rotina de sono para que o corpo e a mente estejam menos agitados na hora de dormir. Procure não jantar tarde, evite bebida alcoólica, mantenha um mesmo horário para deitar, controle a luminosidade do ambiente. Troque as redes sociais por um livro. Evite ficar no celular, ver TV ou mexer no computador uma hora antes de dormir. Procure não deixar o telefone tão acessível na cabeceira e deixe-o virado para baixo. Durante o dia, faça atividade física com regularidade e 10 min de meditação. Tire do caminho o que te faz dormir mal pela saúde da pele, do corpo e da mente. 

 

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