Ame suas estrias. Este é o mote de um movimento que têm surgido nas redes sociais, com modelos, marcas e mulheres normais mostrando, com orgulho, suas estrias. A ideia é celebrar a beleza real e aceitar o corpo como ele é – sem padrões.
Não importa o tamanho do seu corpo, se alto ou baixo, mais magrinho ou cheinho. Não importa se é homem ou mulher. Dificilmente alguém passa pela puberdade sem ganhar estrias.
A modelo Mariana Goldfarb postou recentemente uma foto sem retoques em que aparece de biquíni mostrando suas estrias. Linda e feliz de viver. Ela não está sozinha. Outras modelos fizeram o mesmo recentemente: Amber Rose, Barbie Ferreira, Gizele Oliveira e Chrissy Teigen.
A medicina reparadora e estética avançou muito nas duas últimas décadas com tecnologias cada vez mais avançadas para correção e prevenção de questões da pele. Mas as estrias são ainda algo de difícil solução. Logo, duvide quando alguém lhe disser que é possível reverter ou “apagar” estrias. Não tem cura.
A estria surge quando as fibras elásticas e colágenas se rompem, geralmente após uma distensão excessiva e abrupta da pele. Ocorre com frequência no crescimento, na gestação, na malhação excessiva para ganhar músculos, na colocação de próteses de silicone muito grandes.
O tratamento é um desafio porque nem sempre alcança resultados compatíveis com a expectativa dos pacientes. Tudo isso deve ser muito bem conversado no consultório, até porque o custo deles não é baixo. A melhor fase para tratar é quando as estrias ainda são recentes – com linhas ainda de aparência rosada – e é possível alcançar um melhor resultado.
Cremes com ácidos retinóico e glicólico costumam ser usados no tratamento, bem como radiofrequência, microdermoabrasão, microagulhamento (drug delivery), luz intensa pulsada e lasers fracionados não ablativos e ablativos. O fato é que os resultados podem até apresentar alguma melhora no aspecto quando as estrias já estão brancas (ou seja, não recentes), mas muitas vezes não mudam nada. E aí a frustração é ainda maior.
Prevenir é fundamental, mas passar cremes e óleos específicos não impede sempre que as estrias apareçam. Elas fazem parte da nossa trajetória, de momentos fascinantes como a fase de crescimento ou o período de gravidez. Se o cantor Leo Jaime brincou certa vez dizendo que “celulite quer dizer gostosa em braile”, diria que estrias querem dizer vida bem vivida.
O movimento da beleza real está libertando mulheres de perseguir padrões irreais. A medicina pode auxiliar em muitas questões da pele, mas no caso das estrias, por enquanto, há pouco a se fazer. Sejamos a nossa melhor versão, sem comparações, culpas e ilusões. Por isso, a campanha nascida nas redes sociais faz tanto sentido: #LoveYourLines.