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Daniela Alvarenga

Por Daniela Alvarenga, médica, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Que alopecia é essa?

O problema que fez com que Xuxa optasse por um transplante capilar tem origem genética e é uma das principais causas de queda de cabelo em homens e mulheres

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21 mar 2025, 08h30
Xuxa revelou ter alopecia androgenética, chamando a atenção para um problema mais frequente do que se imagina
Xuxa revelou ter alopecia androgenética, um problema mais frequente do que se imagina: de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a estimativa é que 42 milhões de pessoas sofram algum tipo de queda de cabelo (Instagram/Reprodução)
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“Minha vontade é passar máquina zero”.  A declaração de Xuxa Meneghel, no programa “Casa de Verão da Eliana”, no GNT, deixou muita gente de cabelo em pé. E curiosa para saber que doença é essa que faz com que a bela apresentadora pensasse em raspar a cabeça, para não depender mais de remédios. Xuxa desistiu da ideia de passar máquina zero e acabou optando por um transplante capilar, como revelou, esta semana, em uma entrevista.

Quando declarou que sofre de alopecia androgenética, a loura despertou a curiosidade para um problema que, como constato há muitos anos em meu consultório, é muito mais comum do que se imagina, tanto em mulheres como em homens. A Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que 42 milhões de pessoas no país sofram algum tipo de queda de cabelo.

Perder entre 80 e 100 fios por dia é natural, por causa do processo de renovação capilar, que é contínuo. O ciclo de vida do cabelo é dividido em três fases: crescimento (anágena), repouso (catágena) e queda (telógena). Quando a queda é excessiva, é preciso procurar um médico para investigar as causas. Quanto mais cedo começar o tratamento, melhor.

Existem diferentes tipos de alopecia. Nenhum deles é contagioso. Em geral, a alopécia androgenética, como a que Xuxa contou ter, começa na puberdade, porque está relacionada à produção de testosterona. O hormônio se liga aos receptores do folículo capilar, causando uma inflamação. O efeito não é imediato.  Ao contrário. A inflamação costuma ser lenta e vai fazendo com que, progressivamente, os cabelos fiquem mais finos e ralos, até que o couro cabeludo começa a aparecer. Por isso, em geral, embora comece na adolescência, a doença só é percebida bem mais tarde, por volta dos 40 ou 50 anos. Nas mulheres, a região central é a mais acometida. Nos homens, as áreas mais abertas são a coroa e a região frontal (entradas).

O tratamento é para a vida toda. Sempre com acompanhamento médico! Ele é baseado em estimulantes do crescimento dos fios e em bloqueadores hormonais, com o objetivo de evitar mais perdas e recuperar parte dos fios perdidos. Um transplante capilar, como o que Xuxa revelou ter feito, pode melhorar o aspecto estético, mas não age na doença. Em teoria, o tratamento da doença de base deveria seguir associado. Como ela mesma disse, o objetivo não é “ter muito cabelo”, mas ocultar as falhas.

Atenção! Embora seja uma opção para quem tem alopecia androgenética, o implante não é indicado para outros tipos de alopecia, como areata, frontal fibrosante, alopecia causada por lúpus ou por líquen plano. Pessoas com doenças autoimunes e doenças cardíacas graves também possuem restrições para o procedimento. Por isso, é fundamental consultar um médico especializado. Só ele pode definir a causa da alopecia e indicar o melhor tratamento.

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