Quais são as maiores dificuldades enfrentadas por mulheres no mercado de trabalho da música? Como podemos fortalecer a participação feminina no setor?
Pensando nesses desafios – que posso garantir, são inúmeros -, o Oi Futuro e o British Council, em parceria com as instituições britânicas Lighthouse e Shesaid.so, vão lançar amanhã a 3ª edição do Programa ASA – Arte Sônica Amplificada cujo principal objetivo é promover a equidade de gênero na indústria musical brasileira através da capacitação de mulheres que atuam em toda a cadeia produtiva do som.
Na edição deste ano, o ASA vai selecionar 400 mulheres, de todo Brasil, que atuam no setor para participarem do programa de desenvolvimento de carreira, que oferece capacitação com especialistas britânicas e brasileiras, com coordenação do WME – Women’s Music Event. As inscrições são gratuitas, vão até o dia 16 de novembro em: https://oifuturo.org.br/editais/programa-asa/. Podem (e devem) participar cantoras, artistas sonoras, musicistas, compositoras, jornalistas, escritoras, produtoras musicais, de rádio e de podcasts, técnicas e engenheiras de som e gravação, designers de som, sonoplastas e outras criadoras do setor.
Para ampliar a divulgação e ajudar a esclarecer quaisquer dúvidas sobre o programa, conversei com Luciana Adão, Coordenadora de Patrocínios Culturais do Oi Futuro, e Cristina Becker, Gerente Senior de Artes do British Council. O papo está disponível no canal Papo de Música.
O ASA também qualifica e inspira profissionais para desenvolverem projetos e negócios inovadores no campo da música e do som, promovendo também oportunidades de atuação em grandes eventos e conectando profissionais no Brasil e no Reino Unido, criando redes internacionais de suporte e criação colaborativa.
“A intenção do Oi Futuro é impulsionar as mulheres individual e coletivamente, para que elas possam desenvolver suas próprias potencialidades e também transformar a vida de outras mulheres à sua volta. Dessa forma, esperamos impactar a sociedade, fomentando a equidade, a diversidade e a inclusão”, diz Sara Crosman, Presidente do Instituto Oi Futuro.
“Diante de um contexto crítico de sub-representação feminina no setor musical apontado por diversas pesquisas de mercado, o ASA foi criado em 2018 para contribuir com a promoção da equidade de gênero e dos talentos femininos. O programa é cuidadosamente pensado, considerando os desafios das mulheres no acesso ao mercado e o impacto da pandemia no setor, e as sessões são facilitadas por profissionais brasileiras e britânicas, oferecendo uma oportunidade única de aprendizado e de criação de uma rede internacional para as participantes”, diz Andrew Newton, Diretor do British Council no Brasil.
As 400 profissionais contempladas terão atividades em três frentes:
Capacitação: sessões online (pré-gravadas e ao vivo) para desenvolvimento de habilidades técnicas, criativas e pessoais facilitadas por profissionais brasileiras e britânicas sobre novas maneiras de monetizar e gerar renda, de engajar com sua base de fãs e criar comunidades, gerenciar e promover sua carreira, de digitalizar eventos e apresentar as últimas tendências em redes sociais, plataformas de áudio e algoritmos, entre outros temas;
Oportunidades de exibição e ativação: as participantes poderão mostrar seu trabalho em festivais, conferências e canais de mídia parceiros do programa ASA;
Construção de comunidade criativa: networking e formação de redes internacionais de profissionais femininas para o desenvolvimento de projetos colaborativos.
Nas duas primeiras edições, lançadas em 2018 e 2019, o ASA ofereceu formação em formato presencial a 250 mulheres do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco. Desta vez, profissionais de todo o Brasil poderão participar, já que as atividades de capacitação serão realizadas no ambiente digital. Conheça histórias das edições passadas do ASA: https://oifuturo.org.br/historias/som-arte-tecnologia-e-feminino-conheca-algumas-historias-do-asa/