Fabiano Serfaty

Por Fabiano M. Serfaty, clínico-geral e endocrinologista, MD, MSc e PhD. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Saúde, Prevenção, Tratamento, Qualidade de vida, Bem-estar, Tecnologia, Inovação médica e inteligência artificial com base em evidências científicas.
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Doença relacionada às próteses de silicone é descoberta

Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvantes (ASIA) se manifesta em pessoas com predisposição genética a doenças autoimune

Por Fabiano Serfaty
Atualizado em 23 jul 2018, 10h42 - Publicado em 3 abr 2014, 21h02
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  • • Com o nome de síndrome Asia, Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvantes (ASIA), doença rara que se manifesta, sobretudo em pessoas com predisposição genética a doenças autoimunes.

    • Adjuvantes são substâncias estranhas ao corpo humano, que podem desencadear uma reação imunológica que culminam por atacar o próprio organismo.

    • Próteses de silicone e alguns tipos de vacina podem apresentar um efeito adjuvante, por isso estão sendo apontados por pesquisadores como fatores desencadeantes desta nova doença autoimune a síndrome Asia.

    • Em pessoas com susceptibilidade genética para reações autoimunes (mais frequente naqueles que tem história de doenças autoimunes na família), os adjuvantes podem induzir a um quadro clínico que consiste desde fadiga, dor e fraqueza muscular; podendo lembrar um quadro de fibromialgia até a eclosão de uma doença autoimune sistêmica como AR(artrite reumatoide), LES(lúpus eritematoso sistêmico), esclerodermia, síndrome de Sjögren, síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAF) ou outras.

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    • Essas manifestações clínicas são acompanhadas de alterações laboratoriais específicas que o reumatologista pode diagnosticar e tratar.

    • Nos casos desencadeados por próteses de silicone, a retirada da prótese em muitas vezes melhora o quadro. A prótese não precisa ter sido rompida para o aparecimento de ASIA e essa pode ocorrer mesmo depois de 10 anos de colocação da prótese.

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    • A mensagem é que as pessoas com risco para desenvolvimento da síndrome, que não é comum, podem ser identificadas a priori e a decisão de tomar uma vacina ou colocar uma prótese deve ser ponderada para cada indivíduo, levando em consideração os riscos e benefícios.

    ROGER A LEVY
    Médico reumatologista e professor associado de reumatologia
    da Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
    Diretor Científico da Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro
    e Coordenador da comissão de vasculopatias
    da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

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