A epidemia global da obesidade é um problema grave de saúde pública em expansão, já que o problema leva a mais mortes em todo o mundo que a desnutrição. De acordo com a OMS, globalmente, há mais pessoas obesas do que abaixo do peso – isso ocorre em todas as regiões, exceto em partes da África subsaariana e da Ásia e o número de obesos dobrou de 1980 a 2008.
Segundo importante estudo publicado recentemente no New England Journal of Medicine realizado por um grupo de pesquisadores de várias nacionalidades (The GBD 2015 Obesity Collaborators), que analisaram dados de 195 países, a prevalência de obesidade mais que duplicou em todo o mundo desde 1980. Os problemas de saúde resultantes do excesso de peso agora afetam mais de 2 bilhões de pessoas.
Entre os 20 países mais populosos, o maior nível de obesidade adulta foi no Egito (35,3%) e o maior nível de obesidade infantil foi nos Estados Unidos (12,7%). No Brasil e em outros países em desenvolvimento como a Indonésia, a obesidade em adultos jovens aumentou cerca de três vezes. Os pesquisadores demonstraram que em 2015 o IMC elevado contribuiu para cerca de 4 milhões de mortes.
Custos globais:
Custo com a obesidade é quase equivalente ao impacto global do tabagismo ou da violência armada, da guerra e do terrorismo.
Ele representa 2,8% do produto interno bruto (PIB) global, cerca de 3 trilhões de dólares,segundo um estudo realizado em 2014 pelo McKinsey Global Institute.
Previsões sombrias:
Uma publicação recente, estimou que cerca de 62% a 76% da população mundial atualmente apresenta níveis de gordura corporal que podem ser prejudiciais a saúde. Se a prevalência da obesidade continuar aumentando no ritmo atual, quase metade da população adulta mundial estará com excesso de peso ou obesidade até 2030. Além disso, mais de 50% dos indivíduos obesos do mundo vivem em 10 países (listados em ordem de número de indivíduos obesos): EUA, China, Índia, Rússia, Brasil, México, Egito, Alemanha, Paquistão e Indonésia.
Obesidade é doença:
A obesidade é considerada mundialmente uma doença crônica por várias importantes instituições, deve ser tratada por meio de uma abordagem multidisciplinar, individualizada e em longo prazo. O excesso de peso que está associado a várias comorbidades, como diabetes, hipertensão arterial, apneia obstrutiva do sono e diversos tipos de câncer.
Sem medo de encarar o problema:
A obesidade deve ser tratada de frente com seriedade como uma doença crônica e multifatorial, que necessita de abordagem mais ampla em todos os setores da nossa sociedade urgente.
Precisamos agir agora:
A falta de projetos efetivos nesta luta demonstram a necessidade de novas abordagens e soluções para uma das maiores epidemias da atualidade, por isso uma prioridade na saúde pública mundial.
Obesidade se trata com ação e educação!
Referência Bibiográfica: https://portugues.medscape.com/verartigo/6501488?src=vejario_acq_mscmrk_serfatyobesidade_pt&faf=1