Uma ótima notícia para os pacientes que sofrem com a paralisia facial. O Ministério da Saúde, está agora realizando um tratamento pioneiro e disponibilizando vagas no Hospital Federal dos Servidores do Estado(HSE) no Rio de Janeiro, no serviço de microcirurgia reconstrutiva(1).
A paralisia facial é um quadro clínico que pode gerar uma incapacidade de mover os músculos que controlam o sorriso, o piscar e outros movimentos faciais. Essa condição clínica pode afetar a capacidade de uma pessoa de transmitir emoção. Na maioria das vezes, a paralisia facial é limitada a um lado da face. A paralisia pode ocorrer se qualquer parte do nervo facial, chamado sétimo nervo craniano, ficar inflamada ou danificada. O nervo facial tem ramos em ambos os lados da face e controla muitos grupos musculares, incluindo os da sobrancelha, pálpebra, bochecha e lábios. Uma pessoa também pode sofrer paralisia se a área do cérebro que envia sinais elétricos para os músculos faciais estiver danificada(2).
O diagnóstico precoce pode melhorar substancialmente o tratamento dos pacientes.Existem diversas doenças que podem causar uma paralisia facial. A paralisia do nervo facial pode se desenvolver muito rapidamente e desaparece sem a necessidade de intervenção, como em uma condição chamada paralisia de Bell. Em outros casos, o nervo pode ser danificado permanentemente, como em um quadro de um acidente vascular cerebral(AVC).
Existem diversas doenças que podem causar uma paralisia facial, como o acidente vascular cerebral. No Hospital dos Servidores, os principais casos atendidos são de pacientes selecionados à retirada de tumor na cabeça. Durante a realização dessas cirurgias, é possível que os nervos da face sejam lesionados, o que pode levar à atrofia muscular. Se a inervação não for restabelecida no tempo adequado, em até 18 meses, o músculo pode se atrofiar permanentemente.
Nesta cirurgia para a correção desta patologia, nervos de outras regiões do corpo (inteiros ou em segmentos) são transplantados para o rosto do paciente, substituindo os danificados. Estes procedimentos de transplante e reimplante de nervos são realizados com microscópios cirúrgicos de alta precisão, que podem durar até oito horas.
Se as pálpebras não fecharem corretamente, por exemplo, a exposição da córnea pode levar a doenças oftalmológicas graves como ceratite, úlceras e até cegueira. Por isso, o objetivo destas cirurgias vai além do benefício estético, uma vez que tem como o objetivo a recuperação dos movimentos dos olhos e da boca, permitindo, desse modo, que o paciente possa voltar a abrir e fechar os olhos e a boca.
Referências: