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Gilberto Ururahy

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Especialista em medicina preventiva

Doenças que mais matam no Brasil estão ligadas a maus hábitos

Doenças cardíacas e pulmonares lideram o ranking; estilo de vida saudável ajuda a evitá-las

Por Gilberto Ururahy
17 fev 2025, 18h06
Frutas e salgadinhos sobre uma mesa.
Alimentação equilibrada é uma das chaves para uma vida saudável. (Freepik/Reprodução)
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Levantamento muito interessante feito pelo jornal O Globo apontou quais são as oito doenças que mais matam no Brasil, de acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM). São elas: infarto agudo do miocárdio (94 mil); pneumonia (85,2 mil); diabetes (70,4 mil); doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC (43,4 mil); hipertensão (34,3 mil); acidente vascular cerebral -AVC (33,8 mil); câncer de pulmão (31,1 mil) e insuficiência cardíaca (30,9 mil).

As oito doenças juntas corresponderam a 423,2 mil mortes, ou seja, quase 30% do total registrado em 2023 (cerca de 1,5 milhão). O número equivale a mais de um a cada quatro óbitos. Já em 2024, as oito doenças equivaliam, até agosto, a 257 mil vidas perdidas, algo como 27,6% das mais de 900 mil mortes até então.

É muito curioso notar que as doenças listadas, cardíacas e respiratórias, estão intrinsicamente ligadas a maus hábitos comportamentais e de saúde, ou seja, poderiam ser prevenidas se fossem adotados estilos de vida mais saudáveis. São doenças relacionadas entre si que, quando evitadas, acabam por ter um efeito multiplicador. Ou seja, ao se evitar um infarto, por exemplo, um eventual AVC fica ainda mais improvável.

A doença que mais vitimou brasileiros – o infarto, com quase 100 mil mortes no ano –  é consequência de um coágulo que dificulta a circulação do sangue, resultado muitas vezes do acúmulo de gordura nas artérias. Ou seja, uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos podem ser bastante eficientes para se evitar o avanço de doenças crônicas.

Quanto às doenças pulmonares, a DPOC – uma inflamação dos brônquios com comprometimento dos alvéolos – está intimamente atrelada à inalação de fumaça tóxica. Em cerca de 80% dos casos, a doença está relacionada ao consumo de cigarro. Portanto, é bastante eficiente evitar hábitos comprovadamente nocivos à saúde: tabagismo, consumo excessivo de álcool e de sal, estresse, alimentação rica em gorduras, ultraprocessados e sedentarismo.

É verdade que todas essas doenças têm hoje uma gama de tratamentos oferecidos pela Medicina, cada vez mais ágil e preparada em auxiliar os doentes com terapias e medicamentos de ponta. No entanto, o mais indicado é prevenir. Para isso, reiteradamente defendemos junto a nossos clientes hábitos que são verdadeiros valores para uma vida longa e saudável: noites de sono equilibrado, prática de exercícios físicos, evitar o tabagismo e bebidas alcoólicas e, claro, realização de exames preventivos periódicos, que na maioria das vezes detectam muitas doenças precocemente, a tempo de serem tratadas.

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Saúde é prevenção!

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, desenvolveu a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França, Conselheiro estratégico da ABRH-Brasil e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde(editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-up.

 

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