Relatório da Aging Analytics Agency, empresa britânica focada em medicina preventiva apresentou um dado alarmante: cerca de 40% das pessoas que convivem com diabetes no mundo não tem conhecimento do diagnóstico. As maiores ocorrências acontecem na África (60%), no Sudeste Asiático (57%) e na região ocidental do Pacífico (56%). Os britânicos apontaram ainda que metade das pessoas diagnosticadas não recebem tratamento, dos quais 75% em países de baixa ou média renda, onde o acesso à saúde pode ser mais difícil. Em 2021, quase 7 milhões de óbitos em todo mundo foram em decorrência da diabetes, apesar do investimento em tratamento, que beira um trilhão de dólares.
De acordo com a pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), em 2021, o Brasil tem 16,8 milhões de adultos convivendo atualmente com a doença, ou cerca de 9,14% de sua população acima de 18 anos.
O diabetes se desenvolve no organismo a partir da hiperglicemia, ou seja, excesso de açúcar na corrente sanguínea. Existem quatro tipos da doença. Salvo em casos de hereditariedade, ela é uma doença facilmente prevenível ao se adotar um estilo de vida saudável. A diabetes do tipo 2 – mais frequente na fase adulta e em decorrência do mau funcionamento da insulina no corpo –, por exemplo, está diretamente associada a maus hábitos, como excesso de consumo de alimentos ultraprocessados, falta de exercícios físicos, excesso de gorduras e açúcar, tabagismo, insônia e consumo de bebida alcoólica, por exemplo.
Os sintomas mais comuns são vontade constante de urinar, sede frequente, cansaço e alterações na visão. Especificamente no que se refere a diabetes tipo 1, outros sintomas são perda de peso e fome excessiva. Já entre os pacientes do tipo 2, ocorrem a obesidade e o aumento de peso corporal. Outros indícios podem ser formigamento nos pés, cicatrização lenta e infecções frequentes.
O assustador percentual de 40% dos diabéticos desconhecerem a própria doença evidencia o descaso que muita gente ainda tem com exames de rotina, clínicos e laboratoriais. A realização de check-ups preventivos de rotina é fundamental para a manutenção da saúde e longevidade com autonomia.
Saúde é prevenção!
Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, desenvolveu a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França, Conselheiro estratégico da ABRH-Brasil e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde (editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-up.