Gilberto Ururahy

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Especialista em medicina preventiva
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Saúde depois dos 50 anos: como melhorar o funcionamento do metabolismo

O metabolismo varia conforme diferentes fatores e a idade é um dos mais significativos

Por Gilberto Ururahy
30 jan 2024, 10h29
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  • Uma das funções do organismo mais importantes para o indivíduo, o metabolismo – processo em que o corpo converte em energia o que come e bebe – tende a ficar mais lento depois de uma certa idade. Mesmo em repouso, o corpo usa energia para funções básicas, como circulação sanguínea, respiração e reparação celular. A energia que o organismo destina para estas funções fundamentais é chamada de taxa metabólica basal, fator essencial para manutenção da forma física e controle do peso corporal.

    O metabolismo varia de acordo com diferentes fatores: genética, gênero sexual, composição do corpo e hormônios, podendo sofrer mudanças em diferentes etapas da vida, como: gravidez, lactação, fases de crescimento ou envelhecimento.

    O fato é que, com mais idade, ocorre natural diminuição da massa magra e o aumento da gordura. Esta combinação fica ainda mais acentuada caso a prática de exercícios diminua. Outro fator a ser considerado é a mudança da distribuição de gordura no corpo. Quando jovem, ela concentra-se na região imediatamente abaixo da pele; já entre os mais velhos, a gordura tende a se depositar no abdômen, intramuscular e também no fígado.

    Por tudo isso, é fundamental se atentar aos hábitos que podem ajudar na promoção do metabolismo depois dos 50, como aumentar o consumo de proteínas, como frango, carne e peixe (este grupo de alimentos aumenta a temperatura do corpo, já que demoram mais a serem absorvidas, em comparação com gorduras e carboidratos, por exemplo). Outro ponto a ser considerado é o consumo de bebidas quentes e estimulantes, com moderação, como chá e café. Eles estimulam a função gástrica e a queima de energia, porque geram um gasto de gordura maior, em comparação com outras bebidas.

    Sempre orientamos nossos clientes sobre a importância de um sono reparador. A falta de cortisol (hormônio capaz de descontrolar a sensação de fome e saciedade) incita a vontade por mais comida. Portanto, uma boa noite de sono, além de todos os outros benefícios ao organismo, previne consumo irracional de alimentos. A quantidade de horas de repouso varia de indivíduo para indivíduo, mas, de modo geral, o recomendado é de sete a nove horas de descanso por noite.

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    Como esclarecido anteriormente, a perda de massa magra é determinante para o metabolismo. Por isso, o treino de força, como a musculação, é altamente recomendável para aumentar a massa muscular – mais indicada até mesmo que os exercícios aeróbicos. Exercícios de força promovem o aumento da taxa metabólica de repouso (quantidade de calorias necessárias para realização de funções básicas do organismo) ao incrementarem o percentual de massa magra.

    Por fim, também é preciso levar em consideração que temperos e especiarias podem aumentar a taxa de repouso metabólico, além de diminuir o apetite. É o caso da canela, do cominho, da cúrcuma, dos pimentões e pimentas, segundo estudo da Universidade de Cambridge. As comidas picantes contem uma substância – capsaicina – capaz de diminuir a quantidade de lipídeo corporal.

    O estilo de vida saudável, portanto, é fundamental para diversas atividades do corpo, incluindo o bom funcionamento do metabolismo, especialmente depois dos 50 anos.

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    Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde (editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-Up.

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