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Saúde mental: seis alimentos que são aliados do cérebro saudável
Gorduras boas, não processados, vitaminas e minerais estão entre as dicas da Universidade de Harvard para a saúde do cérebro
Departamento da Universidade de Harvard que se dedica a pesquisar como a alimentação pode auxiliar na promoção de bem-estar, principalmente da mente, divulgou uma lista de alimentos que vale a pena manter na rotina nutricional visando cérebros mais saudáveis.
Um prato que chame a atenção pela variedade de cores é um estímulo para o corpo e o cérebro. Isso vai muito além de legumes e frutas. Temperos como cúrcuma, açafrão e manjericão trazem mais que sabor: também são capazes de colorir o prato – sinônimo de mais nutrientes à mesa. Segundo a instituição americana, as substâncias bioativas destes ingredientes têm alto poder de combate à ansiedade.
Os pesquisadores também sugerem o aumento de consumo de vitaminas do complexo B, C, D e E, além de minerais, como magnésio, cálcio, zinco e ferro, visando reduzir a ansiedade. Vitaminas e minerais são micronutrientes com funções anti-inflamatórias e antioxidantes, capazes de proteger, a longo prazo, o cérebro da deterioração de suas atividades. As vitaminas também estão presentes na produção de dopamina e serotonina, responsáveis pela moderação do humor do indivíduo.
Os especialistas sugerem ainda dar prioridade na alimentação diária aos ingredientes não processados ou processados ao mínimo: frutas, legumes, verduras e grãos não processados estão entre as prioridades. Excelentes fontes de fibra, elas são fundamentais para a saúde intestinal. Já os carboidratos complexos, encontrados nos vegetais e em grãos integrais tem digestão lenta, aumentando a saciedade e controlando picos de açúcar na corrente sanguínea.
Geralmente apontadas como inimigas da saúde, as gorduras não são, necessariamente, vilãs. Ao contrário. A ingestão de gorduras boas é fundamental para manter o cérebro saudável, segundo os pesquisadores de Harvard. Entre os principais alimentos deste grupo estão o azeite de oliva extra virgem e o abacate, que promovem uma boa saúde intestinal e metabólica, além de anti-inflamatórios. Encontrados em frutos do mar, sementes e nozes, os ácidos graxos ômega-3 saudáveis são cruciais para diminuir a ansiedade, além de promoverem a prevenção contra a inflamação e degeneração dos neurônios.
Por fim, a pesquisa de Harvard endossa uma informação que defendemos há anos: carboidratos como farinha branca, arroz branco e outros amidos, têm algo índice glicêmico e tendem a aumentar o açúcar no sangue, levando a um aumento significativo de energia, porém, logo em seguida, vem uma queda relevante. Este ciclo de aumento e de queda de açúcar no sangue está diretamente relacionado a quadros de ansiedade. A adição de açúcar causa o mesmo efeito, com prejuízos à saúde. O ideal é usar unicamente os açucares já presentes nos alimentos.
A alimentação é uma aliada poderosa para, dentre muitas vantagens, aumentar o foco e controlar a ansiedade – capaz de influir em muitos aspectos da saúde, como inflamações, manutenção do peso, metabolismo e imunidade.
Além da alimentação equilibrada, também é fundamental outros hábitos, como prática cotidiana de exercícios físicos, noites de sono reparadoras, consumo moderado de bebida alcoólica, evitar o tabagismo e manter os exames preventivos em dia.
Saúde é prevenção!
Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde (editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-Up.
