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Histórias do futebol carioca

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Além das pixotadas dos zagueiros, sempre temos os frangos

Os goleiros de uma forma geral se sentem injustiçados e pouco privilegiados no mundo do futebol. Pode até ser verdade, mas não aqui no blog. Tanto que depois de listar seis gols em falhas de zagueiros (entre “assistências” e gols contra), listamos agora seis gols em que a participação dos goleiros certamente foi mais decisiva […]

Por Bruno Salles
Atualizado em 25 fev 2017, 19h14 - Publicado em 22 fev 2013, 05h42

Os goleiros de uma forma geral se sentem injustiçados e pouco privilegiados no mundo do futebol. Pode até ser verdade, mas não aqui no blog. Tanto que depois de listar seis gols em falhas de zagueiros (entre “assistências” e gols contra), listamos agora seis gols em que a participação dos goleiros certamente foi mais decisiva do que a dos artilheiros.

Em 1980 o Papa João Paulo II visitou o Brasil e sua passagem foi sempre celebrada pelos fiéis com a música “João de Deus”. Na decisão do Carioca daquele ano, entre Fluminense e Vasco, a torcida tricolor adotou o tema da visita do Papa e deu sorte. No meio do segundo tempo Edinho bateu uma falta em diagonal na direção do gol. Sob as bênçãos do Papa e com a colaboração do goleiro cruzmaltino Mazaropi a bola entrou e o Flu tornou-se campeão carioca.

No Carioca de 1986 Flamengo e Vasco se enfrentaram quatro vezes seguidas. Na última rodada da Taça Rio o rubro-negro venceu por 3×2 e nos dois primeiros jogos da decisão nada de gols. No terceiro e decisivo jogo o Flamengo, que jogava pelo empate, vencia por 1×0 quando Júlio César deu um chute despretensioso de fora da área. Mas Acácio não segurou, a bola entrou e as chances do Vasco terminaram.

Na última rodada da Taça Rio de 1991 Flamengo e Botafogo disputavam o título e consequentemente a chance de ser campeão carioca, em decisão com o Fluminense, campeão da Taça Guanabara. Com mais de cem mil pessoas no Maracanã o Flamengo começou no estilo rolo compressor, mas para construir a vantagem de 2×0 contou com a generosa contribuição de Ricardo Cruz, no clássico frango por debaixo das pernas. O jogo terminou 2×2, os rubro-negros venceram o jogo extra, a Taça Rio e o Carioca na decisão contra o Flu. Ricardo Cruz teve sua participação nisso tudo.

Vasco e Fluminense decidiram o Carioca de 1993, a última decisão no sistema “melhor de três”. O Vasco era mais time e tinha 1 ponto de vantagem. Ricardo Pinto achou pouco. No primeiro tempo deu um golpe de caratê no ar e deixou Valdir na cara do gol. No segundo tempo bateu roupa e deu mais um gol de presente para o artilheiro do bigode. Ricardo Pinto foi barrado, o Flu, com Nei no gol, ainda venceu o segundo jogo mas não deu para recuperar a vantagem cedida, e o Vasco sagrou-se campeão depois do 0×0 no terceiro jogo.

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O Fla-Flu da Taça Rio de 2000 manteve a tradição de muitos gols e reviravoltas no placar. O rubro-negro acabou levando a melhor, muito por conta da colaboração de Zetti, que não apenas frangou, mas foi o próprio autor do 3º gol da vitória por 3×2 do rival! Com a bola no fundo da rede a torcida do Flamengo cantou a plenos pulmões “Zetti! Zetti!”, reconhecendo o verdadeiro responsável pelo tento.

Fla-Flu na semifinal da Taça Rio de 2009. Durante a semana o presidente tricolor, Roberto Horcades, provocou o rival, com a tese (sem fundamento nos números, é bom que se diga) de que, em jogos decisivos, o Flamengo sempre amarelaria contra o Fluminense. Nesse jogo o equilíbrio prevaleceu até Juan arriscar de fora da área. A bola foi quicando, quicando, quicando e entrou. Parecia fácil, mas o goleiro Fernando Henrique foi incapaz de deter a pelota. Depois de vencer o Flu, o rubro-negro foi campeão da Taça Rio e do Carioca em jogos decisivos contra o Botafogo.

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