Disputa de pênaltis mais de um mês depois do fim do jogo
A tabela do Brasileiro desse ano concentra os clássicos estaduais na última rodada, como tentativa de evitar ou amenizar a questão “entrega o jogo”. Em Brasileiros já houve uma concentração de clássicos na primeira rodada. Foi em 1988, o ano em que o regulamento previa desempate na disputa de pênaltis de qualquer jogo que terminasse […]
A tabela do Brasileiro desse ano concentra os clássicos estaduais na última rodada, como tentativa de evitar ou amenizar a questão “entrega o jogo”.
Em Brasileiros já houve uma concentração de clássicos na primeira rodada. Foi em 1988, o ano em que o regulamento previa desempate na disputa de pênaltis de qualquer jogo que terminasse empatado. Vitória no tempo normal valia 3 pontos (lembre-se que naquela época o normal ainda eram os 2 pontos), vitória nos pênaltis valia 2 pontos e derrota nos pênaltis valia 1 ponto. A rodada de abertura daquele campeonato teve, no sábado, Fluminense 1×1 Botafogo, e no domingo, Vasco 1×0 Flamengo. Como a novidade dos pênaltis foi praticamente imposta pela CBF aos clubes, houve forte resistência. Vale lembrar que no ano anterior os clubes se rebelaram contra a entidade e organizaram a Copa União e ainda vivia-se a disputa pelo poder sobre o Brasileiro entre clubes e CBF. Assim Botafogo e Fluminense se recusaram a disputar o ponto extra nos pênaltis, pois não concordavam com a novidade e apostavam que “não pegaria”. Mas pegou. E mais de um mês depois do jogo, no mesmo dia em que era promulgada a nova Constituição em Brasília, os times voltaram ao Maracanã, num dia de semana à tarde, com portões abertos, para a disputa de pênaltis. Quase todos os cobradores acertaram, menos o lateral-esquerdo Renato, do Botafogo, cujo chute foi defendido por Ricardo Pinto, dando ao Flu vitória por 5×4 e 1 ponto extra na tabela.
Veja matéria da Placar sobre a disputa de pênaltis