Inspirado pelo episódio Adriano-Corinthians, o blog lembra um caso de banimento de uma estrela de cada grande carioca e como foi o futuro imediato do clube e da estrela banida.
Renato Gaúcho, Botafogo 1992: Após o 1º jogo da decisão do Brasileiro em que seu time perdeu para o Flamengo por 3×0 recebeu o amigo e centroavante do rival Gaúcho em sua casa para um churrasco. O clima descontraído revoltou a torcida e Renato foi banido antes mesmo da finalíssima. O placar elástico do 1º jogo praticamente decidiu o título, confirmado após o empate em 2×2 quando Vivinho substituiu Renato. Após a perda desse título o mecenas Emil Pinheiro abandonou o clube e todos os grandes craques foram vendidos. Quando começou o Estadual de 1992 os grandes nomes do time eram Pìngo, único titular remanescente, e Vivinho, o substituto de Renato. Muito pouco para manter o nível dos tempos de Emil, quando o clube foi bicampeão carioca e vice brasileiro entre 1989 e 1992. Renato brilhou pelo Cruzeiro no segundo semestre de 1992, conquistando Supercopa e Mineiro. Em 1993 voltou ao Rio para jogar pelo Flamengo, mas não repetiu o sucesso de BH, inspirando, diz a lenda, Júnior a cunhar a célebre frase de que o atacante dava duas alegrias ao Flamengo, quando chegava e quando saía.
Romário, Flamengo 1999: após participar da festa da uva depois da derrota para o Juventude de Caxias na ultima rodada de 1999, quando o Fla perdeu e foi eliminado. Sem Romário o Flamengo perdeu para o Inter-RS logo na primeira rodada do mata-mata da seletiva para Libertadores, mas acabou campeão da Mercosul, tendo jogado as semifinais e finais sem o Baixinho. Curiosamente nos dois jogos decisivos o Fla marcou 7 gols (venceu por 4×3 no Maracanã e empatou em 3×3 no Parque Antártica), mas o centroavante Leandro Machado não fez nenhum. Romário voltou ao Vasco para o Mundial da FIFA de 2000. Apesar do mal começo, perdendo o Mundial para o Corinthians e o Carioca para o Flamengo, teve um segundo semestre brilhante, com títulos da Mercosul e do Brasileiro e golaços em quantidade.
Emerson, Fluminense 2011: O tricolor saiu da fila de 26 anos sem título brasileiro com a conquista de 2010 e Emerson foi o autor do gol do título. O time não começou 2011 tão bem, teve dificuldades para engrenar na Libertadores e chegou à última rodada da 1ª fase praticamente eliminado. E o Sheik, dentro do ônibus do clube, a caminho do estádio para o jogo da última rodada da 1ª fase contra o Argentinos Juniors, cantou, a plenos pulmões, o funk “Bonde do Mengão Sem Freio”, trilha sonora da contratação de Ronaldinho Gaúcho pelo rival. O episódio revoltou a diretoria e Emerson foi banido do clube naquele momento. O Flu venceu o jogo por 4×2 de forma dramática e conseguiu uma classificação improvável, mas foi eliminado de forma melancólica pelo Libertad do Paraguai logo nas oitavas de final. Depois disso o tricolor fez um mal começo de Brasileiro, se recuperou na reta final e garantiu retorno à Libertadores desse ano. Com Fred e Rafael Moura marcando gols adoidado, ninguém sentiu falta de Emerson. Mas o Sheik foi para o Corinthians, foi campeão Brasileiro de novo e certamente não sentiu falta de estar no Fluminense.
Carlos Alberto, Vasco 2011: A última temporada foi a melhor do Vasco neste século, com o título da Copa do Brasil e a boa campanha no Brasileiro. Mas, curiosamente, foi o pior início de temporada de todos os tempos, com três derrotas para pequenos nos três primeiros jogos. Após a terceira derrota, por 3×1 para o Boavista, o presidente Roberto Dinamite foi ao vestiário cobrar explicações. Carlos Alberto não gostou, a cobrança virou bate-boca e o meia, então capitão do time e herói da campanha de retorno à primeira divisão em 2009, nunca mais jogou pelo clube, apesar de ainda ter contrato com o clube. O meia foi emprestado ao Grêmio, onde deveria ficar até o fim do ano, mas ficou menos de 3 meses. Foi emprestado ao Bahia, onde disputou o Brasileiro, mas ficou mais no banco e no departamento médico do que em campo. Foi negociado com Palmeiras no começo de 2012, mas acabou não indo por problemas nos exames médicos. Já o Vasco só melhorou desde que dispensou o meia. Finalista da Taça Rio, campeão da Copa do Brasil, semifinalista da Sulamericana, vice-campeão Brasileiro e disputando a Libertadores em 2012