Nos últimos anos tem sido difícil até saber se Adriano é um jogador ou um ex-jogador, e fatalmente ele entrará para a história como um dos jogadores mais problemáticos e um dos maiores desperdícios de talento da história do futebol, mas já houve momentos em que Adriano estava em posição totalmente diferente no imaginário dos que acompanham o futebol.
A Seleção chegou à Alemanha para a Copa de 2006 com um favoritismo pouco visto em Copas nas últimas décadas. Campeã da Copa de 2002, Campeã da Copa América de 2004, Campeã da Copa das Confederações de 2005, Ronaldinho Gaúcho eleito melhor do mundo em 2004 e 2005, não faltavam fundamentos para o favoritismo. Dentro dessa onda, Adriano era visto pelo mundo como aquele que seria o artilheira da Copa que a Seleção conquistaria.
Ocorre, porém, que as apresentações da Seleção na Alemanha foram uma gigantesca decepção para todos que esperavam ver o “jogo bonito”. Burocrática e mal preparada fisicamente, a Seleção foi vencendo adversários menos qualificados até encarar a França nas quartas-de-final e ser eliminada com uma derrota de 1×0 que não traduz o baile que Zidane deu nos então campeões do mundo.
Adriano foi titular em três dos cinco jogos, marcou só dois gols, e teve sua atuação na Copa muito prejudicada pela má forma física, assim como seu companheiro de ataque Ronaldo. Passado o tempo, o estranho é a expectativa das pessoas em torno de Adriano, já que a a atuação dele na temporada 2005/2006 já havia sido muito inferior com muito menos gols que nas anteriores, mas os gols decisivos nas campanhas da Copa América 2004 e da Copa das Confederações 2005 estavam muito vivas na lembrança dos torcedores. Mas infelizmente a temporada 2005/2006 foi a primeira da longa decadência de Adriano, com um pequeno intervalo de sucesso no Flamengo em 2009.