Entre Ilhabela e Arraial do Cabo, há mais de 600 km de litoral, com o Parque Nacional da Serra da Bocaina e a APA do Cairuçu cravadas no caminho, e o Rio de Janeiro como ponto de partida. É um punhado de lugares para viajar perro do Rio de Janeiro, para quem quer curtir o verão com sol, mar e cachoeira sem aglomerar, em meio à natureza, e cumprindo os protocolos de segurança.
E aqui tem um post com os melhores airbnb perto do Rio de Janeiro, com mata, praia e piscina.
Arraial do Cabo e Búzios (sem aglomerar)
ATUALIZAÇÃO COVID: Depois de 48 sob ordem de lockdown por decisão judicial, ordem foi revertida e Búzios reabriu para o turismo. As festas de fim de ano estão mantidas, desde com capacidade de 50%. Apesar da permissão para os eventos, lembrem-se da responsabilidade individual de cada um. A pandemia não acabou, não temos vacinas, e nem tratamento para o Covid-19.
Onde fica: as duas cidades ficam a apenas 2h30 de carro seguindo pela BR-101.
O que fazer em Búzios e Arraial do Cabo: A pandemia não acabou, e vale lembrar que é possível viajar para as duas cidades respeitando os protocolos de segurança, afinal a região é rica em natureza a atividades ao ar livre.
Para quem quiser trilhas com grupos privativos, a Cactus Experiências faz a das Emerências no por-do-sol, a que leva à Ponta do Pai Vitório seguindo até a DESERTA praia dos Negros, e também a trilha para piscinas naturais da Ferradurinha.
Já em em Arraial, a Cactus conduz o viajante por uma trilha lindíssima, que passa pelo Pontal do Atalaia Lago do Amor e pela Praia Brava. Leva em media 4h, e exige um pouco de preparo físico.
Se a ideia for fazer velas ao mar, os barcos privativos são uma opção para fugir da muvucada das escunas no verão.
- Saindo da Armação, o barco Be Happy faz passeio de traineira pelas praias de Búzios. Sai com grupo fechado de 10 passageiros, e cobra R$200 por pessoa/hora ou R$1300 para fechar o barco pelo dia todo.
- Já o Luis Kunz (wpp 21 98114-0110) sai de Cabo Frio com lanchas em passeios privativos de 6, 10 e 16 pessoas, por valores a partir de R$1800 para o dia todo. Os roteiros passam por Arraial, Ilha do Papagaio e o canal de Cabo Frio.
- Em Arraial, o Juan faz passeios privativos tanto de saveiro quanto em barcos menores. No saveiro, os passeios privativos saem pela tarde e custam a partir de R$1500. No barco menor, o tour pode ser feito em qualquer horário e custa a partir R$ 1000. Da mesma forma, Arraial Beach Tour faz privativo com até 15 pessoas da mesma família, e cobra R$1400 na alta temporada.
Onde se hospedar em Búzios e Arraial : Em Arraial, se quiser alugar uma casa, eu adoro a cabana da Belinha , que fica em um cliff dentro do Parque Estadual da Costa do Sol, com vista para o mar por todos os lado.
Em Búzios, para grupos maiores, tem essa casa linda com piscina na Ferradurinha e esse airbnb na Ferradura. Para casais, o chalezinho no Forno funciona super bem.
Dos hoteis, o Villa de Santa além das suítes, tem a Casa de Praia, que fica separada do hotel e tem capacidade para até 12 pessoas. O Bucaneiro, a poucos passos da Rua das Pedras, também é bem gostoso.
A Casas Brancas Boutique Hotel & Spa, que segue rigidamente todos os protocolos de segurança contra o Covid-19, também é uma ótima alternativa.
Ilha do Araújo
Onde fica: a Ilha do Araújo fica a 4h de carro do Rio de Janeiro, cerca de 10km antes de Paraty. Para chegar, basta seguir pela BR-101 até a Praia Grande, e lá pegar um barquinho no cais (cerca de 300 metros de travessia)
O que fazer na Ilha do Araújo: Passear de canoa, fazer trilhas e ter contato com a cultura caiçara está entre o que fazer na Ilha do Araújo é a segunda maior ilha da região de Paraty, mas ainda assim é pequena. Tem uma parte muito turística, outra que é ocupada pelo vilarejo caiçara, e uma terceira protegida pela APA do Cairuçu.
Para quem gosta de viver o turismo comunitário sustentável, recomendo contatar seu Almir Tã, pescador nativo que leva o visitante a uma imersão na cultura local. Ele organiza passeios com visita à casa de farinha da Dona Ieda, conta histórias da vila, e termina tudo num almoço típico com peixe pescado no dia assado na folha da bananeira. É preciso reservar pelo 24 99841-8752.
Também vale visitar a vila e a igreja de São Pedro por conta própria, dar a volta na ilha pela trilha que dura 1h, e comer um pastelzinho de camarão no bar do Tubarão.
Há ainda passeio de caiaque oceânico para as ilhas próximas, como a Ventura e a Comprida no Norte, que são bem lindas. Quem faz é o pessoal do Casa da Aventura Paraty.
A Paraty Tours faz passeios de barco privativo para as ilhas próximas, assim como o de caiaque.
Onde se hospedar na Ilha do Araújo: As casas Marin (bangalô 1 e bangalô 2) ficam em lado tranquilo da Ilha do Araújo, quase o limite da Apa do Cairuçu. Acho lindas, com arquitetura bem típica, um gramado e um deck que dão no mar.
Outras opções são a Casa da Ilha e a Casa da Maria Helena.
Saco do Mamanguá:
Onde fica: o Mamanguá fica a 4h30 de carro do Rio, e mais cerca de 30 minutos de barco.
O que fazer no Mamanguá: o Saco do Mamanguá é uma região de natureza exuberante, localizado dentro da Apa do Cairuçu. É o único fiorde tropical do mundo, com um braço de mar invade o continente e rasga as montanhas, formando dezenas de micro enseadas, cachoeiras, mangues, rios de águas límpidas e trilhas pela floresta que cobre o horizonte até onde o olhar alcança.
Aqui, o sinal de celular é quase inexistente, raramente há wifi, e nada disso faz falta. O Mamanguá é um lugar para se desconectar e relaxar. O turismo não chegou forte por essas bandas e, aqui, o ritmo dos vilarejos caiçaras de manteve e a natureza segue preservada.
Há trilhas que levam para todos os lugares, desde o Pico do Pão de Açúcar – caminhada pesada que leva cerca de 4h ida e volta – a outras mais leves para as praias.
Recomendo fazer o passeio de barco pelas praias do Mamanguá com almoço no restaurante do Dadico (mais uma vez, com a Paraty Tours), e o caiaque pelos mangues com banho de cachoeira. No passeio de barco, tente incluir as praias do Saco da Velha e a praia do Buraco.
Onde ficar no Mamanguá: Você pode ficar no Saco do Mamanguá mesmo, ou em Paraty-Mirim (que é a 5 minutos de barco do Saco).
Nós nos hospedamos na Casa de Vidro em nossa última viagem a Paraty e Mamanguá. Recomendo muitíssimo, Fica na encosta de Paraty Mirim, é toda de madeira, pedra e enormes janelões, com piscina e deques sobre o oceano. A casa acomoda 10 pessoas.
Se quiser algo mais simples, recomendo a Casa da Areia e a Casa do Mamanguá.
Em todos os casos, os anfitriões organizam o translado de barquinho até as casas
Cunha
Onde fica: Está a 295 km de distância do Rio pela Rodovia Governador Mario Covas e BR-101, e a 46 km de Paraty pela via Paraty-Cunha.
O que fazer em Cunha: Cunha tem paisagens verdejantes que se dividem entre a Serra da Bocaina e o Parque Estadual da Serra do Mar, esse último a maior Unidade de Conservação de toda a Mata Atlântica. Ao todo, são 232 mil hectares que vão do Rio até o litoral sul São Paulo. O núcleo de Cunha corresponde a 13,3 mil hectares e abriga uma das porções de maior biodiversidade do parque. Isso quer dizer dezenas de trilhas e cachoeiras.
Delas, sugiro a do Jericó, a do Pimenta, a do Taboão e a do Pimenta. Porém, recomendo um de 4×4 para não passar perrengue, porque as estradas são cheias de pedra e buracos. Se estiver com carro baixo, não arrisque e contrate uma agência.
Se for do time dos trilheiros, tem o Pico da Macela, uma caminhada puxada que leva ao topo do morro. De lá, tem-se a vista de todo o litoral.
Cunha também é conhecida como a terra dos ceramistas e abriga dezenas de ateliês. Vale fazer o roteiro, porque as peças são lindíssimas e feitas com a milenar técnica japonesa. Se quiser ir em um lugar apenas, rume para a Casa do Artesão, onde são vendidos produtos de vários artesãos e ceramistas locais.
Onde se hospedar em Cunha: Entre os airbnbs em Cunha, tem a casa da campo do Valter, a 3km do povoado, e o Chalé São Jorge.
Um pouco mais distante do povoado, no caminho entre Paraty e Cunha, tem a Casa do Denis ( com uma vista linda), a casa Manacá (essa mais para o lado de Paraty) e a Cabana com cachoeira (que eu amo!). Se estiver em casal e quiser uma opção em conta e charmosa, recomendo o Chalé da Mata.
Já das pousadas, gosto da Candeias e do Pouso Caminho das Artes.
Picinguaba e Praia do Félix, Ubatuba
Onde fica: Pouco depois de Paraty-Mirim, seguindo pela Rio-Santos, fica Picinguaba e Praia do Félix, já para as bandas de São Paulo, em Ubatuba, e dois destinos de praia belíssimos. A distância entre Picinguaba e Praia do Félix é de 36 km.
O que fazer em Pincinguaba e Praia do Félix: Pincinguba é um vilarejo do pescador, naquele esquema que foi Trindade há uns 20 anos. Uma única rua com alguns restaurantes, praia com barquinhos, e ponto final.
A Praia do Félix segue na mesma vibe, e é uma praia no meio de um vale coberto de floresta. É linda! Um ponto extra a favor dela é a Praia do Português, acessível por uma micro trilha. Já no canto esquerdo há uma trilha de vinte minutos que leva à Praia das Conchas, que se destaca pelo mar transparente e também pela areia formada praticamente só por conchas.
Os dois locais são uma boa escolha para quem quer relaxar numa praia gostosa recortada pela paisagem das montanhas e florestas do litoral de Ubatuba. Vale dizer ainda que, tanto Pici quanto Félix, são boas para banho, surfe, e ponto de partida para passeios de barco. O roteiro mais bacana passa por Prumirim, Ilha das Couves, Ilha Rapada, Celinha e praia da Fazenda.
De novo, recomendo o privativo, e quem faz é o Marcelo (12 99764-2453) e o Paulo (12 99704-9420). Custa a partir de R$1200, o dia todo, para até 7 pessoas.
Onde se hospedar: eu adoro a Casa Araucária, um airbnb delicioso na Praia do Félix, com um piscina de fundo infinito com vista para a baía, deck, varanda. Em Pincinguaba, uma opção é a pousada Residence Picinguaba e os airbnb Casa Picinguaba.
Quem quiser esticar um pouco, pode ficar nesse airbnb lindo em Ubatuba.