Praias paradisíacas, ilhas preservadas, manguezais intocados que se estendem por quilômetros e hospedagens que fogem ao convencional, como cabanas em agroflorestas. Há um roteiro ainda quase desconhecido em Paraty e arredores, e que vale a pena conhecer quando a viagem for para lá. (siga o Juju na Trip no instagram para mais dicas)
Na floresta, mas com o pé na areia.
Para quem gosta de hospedagens diferentes, a Cabana da pousada Casa Luz é uma experiência e tanto. Construída com materiais alternativos e seguindo o conceito da bioarquitetura, ela fica em uma agrofloresta. Acordar e colher diretamente da terra o que vai para a mesa do café é um dos luxos de quem se hospeda por aqui.
Em volta da casa, além de pés de fruta, morangos, cogumelos, há ainda um jardim comestível com ervas, PANCs e verduras para colher e comer. E isso a 100 metros de uma praia para chamar de sua e de onde o nascer do sol é um espetáculo.
Viajantes mais convencionais podem se hospedar no centro histórico. Se você faz parte dessa tribo, recomendo a Pousada do Sandi, Casa Turquesa e a Pousada Literária de Paraty se a ideia for uma experiência mais exclusiva. Já a Pousada do Ouro é mais econômica, e muito boa.
Farm to table: restaurante também aposta em ingredientes colhidos na floresta
Dentro da Casa Luz, funciona ainda o restaurante Pindorama. Lá, o chef Rafael Morente traz da agrofloresta boa parte dos ingredientes que compõem os pratos do restaurante. Ele é um estudioso de PANCs, e conta que há centenas de milhares delas, embora nosso cardápio cotidiano não contempla mais de duas dezenas.
Por isso, ele gosta de provocar as pessoas com as plantas não convencionais. E colore com PANCs o risoto de cogumelos selvagens (os cogumelos também vêm da floresta), a salada de flores e folhas, o ceviche de palmito, o sanduba de faláfel. Fui em todos e adorei, é um desfile de pratos lindos e deliciosos.
Dicas de Paraty: praias e ilhas mais lindas.
A baía de Paraty tem mais de 300 praias e 60 ilhas, muitas delas de água cristalina e azul. Na lista, estão a Comprida do Norte, Pelados e Cedro no lado norte, e Praia do Buraco e a Ilha dos Cocos no mar do sul.
O passeio de barco reserva ainda surpresas como algumas praias escondidas, que sequer chegam a ter nome, mas que são uma preciosidade como essa da foto, localizada na Enseada da Preguiça e que só aparece nas marés vazantes.
Para o passeio, recomendamos a Paraty Tours, agência que faz desde passeios privativos aos de escuna.
Que tal um banho de cachoeira?
A lista de atividades na natureza em Paraty é extensa, e inclui também cachoeiras volumosas e com grandes poços. O acesso a elas não demanda caminhadas, porém a estrada é esburacada e com muitas pedras. É recomendável tem um carro alto, caso contrário, contrate uma agência. De novo, a Paraty Tours faz esses roteiros.
Dentre as cachoeiras mais bonitas, estão a da Pedra Branca e da Usina (no verão, para fugir da muvuca, chegue cedo) e a das Sete Quedas, essa menos conhecida.
É Paraty, mas até parece o Pantanal
O Saco do Mamanguá é um braço de mar que rasga as montanhas, e onde só se chega de barco. Aqui, há algumas colônias de pescadores que resistem com suas tradições, o 3g não pega, e a vida passa num ritmo mais devagar. E é aqui também que fica um dos mangue mais preservados do estado do Rio de Janeiro.
O mangue se estende por 7 quilômetros , dentro da Reserva Ecológica Estadual da Juatinga, e é atravessado apenas pelo Rio Grande. Vale descer o rio de caiaque – a remada percorre 1,5 km – e seguir até a cachoeira do Rio Grande. Para o passeio, recomendo também a Paraty Tours.