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Julia Golldenzon

Por Julia Golldenzon, estilista carioca Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Reage, bota um cropped

Parte de cima curtinha foi lançada no início dos anos 2000 e traduz hoje a cultura da autoaceitação e do amor próprio

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Atualizado em 17 fev 2022, 13h31 - Publicado em 17 fev 2022, 13h27
Julia Golldenzon
Julia Golldenzon (Divulgação/Reprodução)
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Virar meme hoje pode ser considerado o auge do sucesso. E foi assim que uma peça de roupa virou o bordão de 2022 depois de viralizar nas redes sociais. Em janeiro, circulou na internet o vídeo de uma jovem incentivando a irmã a partir pra outra após de levar um bolo de um rapaz. “Reage, mulher, bota um cropped”, disse a caçula. Bastou para a frase e a peça caírem na boca do povo.

Cropped é o nome bacana dado hoje para o top, a miniblusa, o bustiê, a camiseta curtinha. Como a moda vive de novidades, todas estas peças que já tinham nome passaram a ser chamadas de cropped. Foi no início dos anos 2000 que o termo começou a ser citado no Brasil pelos estilistas das semanas de moda do Rio e de São Paulo, que lançavam nas passarelas a modelagem cropped, que deixava parte da barriga à mostra. Demorou quase uma década para o termo pegar de vez, e hoje, depois do vídeo que viralizou, o significado foi ampliado.

Vestir um cropped agora quer dizer muito nas entrelinhas. Além de um look, há também uma dose de autoconfiança e autoestima. Se no início dos anos 2000, só vestia uma blusa curta quem tinha a barriga sequinha, como Kate Moss e Gisele Bündchen, hoje a peça é democrática. Veste todos os manequins, com ou sem barriga negativa, e todas as idades, sendo para adolescentes e também para mulheres de mais de 50 anos. O que varia é o styling, ou seja, combinar a peça com cintura alta ou cintura baixa.

Acabaram as regras! Démodé é dizer se um tipo de roupa é “certo” ou “errado”. Você decide o que lhe cai bem. Foi-se o tempo em que uma capa de revista ditava o que devemos vestir. E a conquista desta democratização do cropped e da moda sofreu grande influência das redes sociais e da multiplicação de vozes e influenciadoras.

Portanto, diria que o cropped hoje é uma espécie de tradução da autoaceitação. Está exausta? Bota um cropped. Está chateada com alguém? Bota um cropped. Perdeu as esperanças no ser humano? Bota um cropped. O cropped tem mais a ver com você do que com o mundo. É se sentir bem no próprio corpo. É uma boa dose do melhor estilo que devemos vestir: o amor próprio. Então, querida leitora, reage!, e bota um cropped!

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