A exemplo de “Adolescência”, psiquiatra lista tramas com crianças malvadas

A série “Adolescência”, da Netflix, é um fenômeno mundial ao contar a história de um garoto de 13 anos acusado de assassinar uma colega de escola. Você pode ver nos quatro episódios gravados em plano sequência, temas como ódio online, machismo, parentalidade, misoginia e instigou a internet a buscar o termo incel, palavra inventada no final dos anos 1990, em inglês “involuntary celibate”, ou celibatário involuntário, homens heterossexuais que culpam mulheres pelas rejeições ou desinteresse sexual e amoroso sofridos ao longo da juventude.

A psiquiatra Elisa Brietzke, professora brasileira do departamento de psiquiatria da Universidade Queen, em Kingston (Canada), diz que a série reativou nas pessoas uma atração por um dos arquétipos mais intrigantes das histórias: a criança malvada. “Somos biologicamente programados para cuidar e amar as crianças. Quando o cinema nos apresenta a criança perigosa, não tem como não bugar”, diz ela, que listou outros enredos temáticos que impactaram os espectadores. Elisa exclui da lista filmes de terror explícito deixando mais os temas de terror psicológico.

Lembram de algum filme com crianças malvadas?

1.   “Precisamos falar sobre Kevin” (2011), disponível na Amazon Prime – Kevin é um menino entendiado, cruel e sádico que aterroriza todo mundo e acaba com a saúde mental da mãe. Até aí tudo bem, mas ele resolve cometer um assassinato em massa e a mãe passa a tentar entender os porquês daquele ato;

2. “O Garoto Sombrio” (2015), também no Amazon Prime – Ted Henley é um menino de 8 anos que mora com o pai num motel de beira de estrada que o pai administra. Já era uma criança estranha, mas no dia em que um andarilho também esquisito aparece no lugar e faz amizade com o menino, ele vai acentuando a psicopatia.

3. “Deixa ela entrar” (2009), no Prime – Um menino machucado emocionalmente pelo bullying na sua escola conhece uma menina “vampira” da mesma idade que mantém uma relação muito estranha com um adulto com quem ela mora. Pule o remake e assista o original sueco, que é bemmm mais aterrorizante.

4. “O Iluminado” (1980), na Max – Uma família vai cuidar de um hotel que fica inacessível durante o inverno, então eles estão basicamente presos no lugar. O menino Danny tem visões perturbadoras, mas o possuído é o pai, interpretado por Jack Nicholson, mas tudo é sinistro nesse filme, o lugar, a criança, o pai, os recantos do hotel, tudo. O menininho não é psicopata, mas uma criança dominada pelo mal. É uma das crianças mais sinistras do cinema;

5. “Menina Má” (2006), na Prime – Eliott Page é uma menina doce de 14 anos que fala com um cara bem mais velho pela internet, claramente pedófilo. Quando eles se encontram e ele a leva para a casa dele, ela se revela como uma criaturinha das mais sádicas;

6. “Mikey” (1992), na Prime – Mikey é um menino de 9 anos com um jeitinho doce que é colocado em um lar temporário depois de várias coisas ruins acontecerem com a família que o adotou. Ele é, sem dúvida, a criança mais psicopata do cinema. Ele mata gato, mata gente eletrocutada, mata o diretor da escola com uma flechada, entre outras “travessuras”;

7. “A Órfã” (2009), Max – Essa é outra com versatilidade na psicopatia. Uma menina russa de 9 anos é adotada por uma família americana depois da perda de um dos filhos. Pois bem, a criança era uma bela bomba, e tenta matar todo mundo de todas as formas. Deve ser dito que a comunidade da adoção não gostou, achou que retrata o assunto se forma distorcida, no que eu concordo.

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