Cadê o “choque de civilidade”? Veja vídeo!
Moradores do Flamengo e região estão preocupados com o parque que leva centenas de pessoas ao bairro nos finais de semana


Os moradores do Flamengo e região estão preocupados com o parque que leva centenas de pessoas ao bairro nos fins de semana. Nesse domingo (05/01), além do bloco da Sinfônica Ambulante, que lotou o parque no fim de tarde, várias pessoas já ocupavam o gramado com cangas e toalhas, daí mais de seis vendedores chegaram com cadeiras e mesas, muitos deles entrando com seus carros para deixar mercadorias e, com isso, maltratando o gramado, deixando marcas de pneu, segundo relato da Associação de Moradores do Flamengo (AmaFla). “Precisamos de mais atenção com o Parque do Flamengo, como ocupação e liberação para eventos sem fiscalização, porque o parque é tombado e está sendo destruído. A prefeitura coloca grama e destroem a grama, carros andando livremente em todas as pistas internas: praia e ciclovia”, diz o texto da associação.
Tem acontecido, constantemente, festas no Aterro, com churrasqueira, pagode ao vivo e fio puxado do poste de luz passando pela calçada (como mostrado no vídeo). Outro problema são as oferendas deixadas com as velas acesas próximas às árvores, com risco de incendiar o tronco. “Caminhei pela altura do Posto 2 e quando passei pelo parque tinha uma árvore já pegando fogo com duas velas e algumas oferendas. Um moço me deu um copo de cerveja pra apagar e consegui antes do pior”, diz outra moradora.
O parque, entre o Aeroporto Santos Dumont e a Praia de Botafogo, inaugurado em 1965, acabou de completar 80 anos de tombamento, dia 04 de janeiro, ocupando uma área de cerca de 1,2 milhão de metros quadrados, projeto de Burle Marx com a colaboração do botânico Luiz Emygdio de Mello Filho.
No início de dezembro, Eduardo Paes anunciou um choque de civilidade em seu novo mandato. “Civilidade tem a ver com atitude das pessoas. É óbvio que o Estado, eu digo que é mais amplo do que o conceito de ordem, porque ele parte da premissa de ordem, de respeito às regras, mas parte também da atitude do cidadão. Essa loucura que a gente vê diariamente pela cidade não é civilidade, que é ser menos egoísta na utilização do espaço público, não usar caixa de som na praia…”, disse ele à época.