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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Entrevista “Invertida” com Antonia Frering (atriz)

"A gente tem que ouvir o instinto"

Por lu.lacerda
10 nov 2024, 07h10
antonia
Antonia Frering (Marcelo Faustini/Divulgação)
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A atriz Antonia Frering lança “Carmen&Antonia”, na próxima quarta (13/11), na Travessa do Leblon. O livro trata do prazer de receber, herdado por ela de sua mãe, Carmen Mayrink Veiga, o maior símbolo social do Brasil, considerada a mulher mais elegante do país por décadas e décadas. Ela dava festas inesquecíveis — muitas delas continuam lembradas pelos seus contemporâneos. Até próximo à sua morte, em 2017, manteve uma vida social, participando de muitos acontecimentos na cidade. No livro, a atriz mostra como Carmen lhe transmitiu a alegria de receber em casa, para muitos, uma arte.

Várias pessoas consultavam Carmen, que prefaciou a edição brasileira de “O Livro Completo de Etiqueta de Amy Vanderbilt” (Nova Fronteira). Numa dessas ocasiões, respondeu (em 2013): “Não gosto de jantar americano, com prato na mão; não acho bacana. Outro detalhe, desta vez sobre jantares sentados, são as decorações das mesas, normalmente tão incrementadas, que a gente tem que fazer uma verdadeira busca para achar os talheres”, disse ela, que não suportava atraso, tanto quanto celular à mesa. E, assim, através desses eventos, Antonia conta um pouco da história da sua tradicional família, pelas receitas, programas, almoços, jantares e, claro, atitudes. Não deixa de ser um patrimônio.

UMA LOUCURA: “Uma loucura que eu fiz foi voar de asa-delta, mas tenho que confessar que repeti essa loucura algumas vezes. Foi uma experiência mágica e única, com a adrenalina em um nível que eu nunca tinha experimentado. Quando  pulei daquela Pedra da Gávea, meu coração estava tão acelerado, mas também foi uma beleza incrível. O professor falou que estava ao meu lado, que eu não teria de me preocupar porque nem um grão de areia entraria no meu tênis: realmente, não entrou quando a gente pousou na praia em São Conrado. Depois disso, voei de asa-delta algumas outras vezes”.

UMA ROUBADA: “Uma roubada foi uma viagem que fiz pro Chile; eu não estava passando bem. Não prestei atenção nisso, fui assim mesmo, pois detesto cancelar as coisas quando está tudo combinado, organizado. E pra piorar, eu ainda comi uma sentolla que não estava boa; aí, realmente, fui pro Chile pra ficar de cama. Então, eu acho que a gente tem que prestar atenção nos sinais que o corpo dá, ouvir o instinto, seguir e não só ir indo, como a gente vai fazendo, um compromisso após o outro, porque muitas das vezes não dá certo. Ali foi uma viagem que  sempre chamo de uma roubada, de uma das roubadas (a gente faz muitas).”

UMA IDEIA FIXA: “Tá aí uma coisa que não tenho: cada dia, acordo com uma nova ideia. Se pudesse falar de uma ideia fixa, seria a de sempre me reinventar.”

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UM PORRE: “Acho que nunca tomei um porre na vida, até porque sou muito pouco resistente ao álcool. Um copo de champagne pra mim já basta.”

UMA FRUSTRAÇÃO: “Minha viagem para a Índia, que nunca saiu. Já tentei ir três vezes, mas, na hora, tive que cancelar. Nunca aconteceu… Uma pena.”

UM APAGÃO: “Difícil lembrar os detalhes do câncer que tive. Mas confesso que ali também descobri uma mulher mais forte, com mais fé e mais determinação. Tudo na vida é uma lição, basta você querer enxergar a que a vida está querendo lhe dar.”

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UMA SÍNDROME: “Não tenho síndrome.”

UM MEDO: “Tenho medo de barata; não consigo nem imaginar!”

UM DEFEITO: “Tenho tantos que não saberia enumerar, a começar pelo meu nível de exigência comigo mesma, que é insuportável.”

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UM DESPRAZER: “Atraso: lidar com pessoas atrasadas sempre, seja com prestadores de serviço, encontros sociais ou de trabalho.”

UM INSUCESSO: “Não acredito muito no insucesso em si. Acredito que a vida vai acontecendo da forma que tem que ser, seguindo o nosso planejado ou não.”

UM IMPULSO: “Escrever esse livro. Ele não foi muito planejado. Um dia, apenas acordei e falei: vou fazer!”

UMA PARANOIA: “Não dar conta das mil coisas que me comprometo a fazer diariamente.”

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