Nova espécie de ave se apaixona pelo Rio e se multiplica

Para o biólogo Mario Moscatelli, é alegria de sobra: o número de biguatingas está se multiplicando em Jacarepaguá (lagoas da Tijuca, Camorim, Jacarepaguá e Marapendi).

Aves são comuns em manguezais e áreas verdes, mas essa espécie de pescoço longo nunca tinha sido vista na região, até o ano passado, e Mario circula e trabalha ali há mais de 30 anos. “Chegaram dois casais que produziram três novas biguatingas, ou seja, sete, que agora produziram mais quatro, totalizando 11. Foram observados 13 da espécie, provavelmente depois da chegada de novos indivíduos adultos à lagoa da Tijuca”, explica Mario.

Pode parecer algo, digamos, sem muita importância para muita gente, mas, para um biólogo como o Moscatelli, é grandioso: “Gera uma forte e positiva expectativa, aquela que já era esperada e que eu vinha informando, de que, à medida que as condições ambientais forem melhorando, a biodiversidade da região da Baixada de Jacarepaguá vai explodir. Rumamos para um grande sucesso em termos de incremento da biodiversidade do Rio — um presente antecipado de São Sebastião. A conferir até 2030!”, diz ele.

Desde abril do ano passado, a concessionária Iguá Saneamento começou as obras de dragagem do complexo lagunar da Barra e Jacarepaguá com previsão de 36 meses, incluindo remanejar 2 milhões e 300 mil metros cúbicos, ou 920 piscinas olímpicas, de lodo e sedimentos finos do fundo das lagoas, tudo descarte de lixo e esgoto há décadas.

E também cuidar do manguezal; desde 2022, 4 hectares já foram recuperados.

Para lembrar, Mario é coordenador do “Manguezal da Lagoa” (Rodrigo de Freitas, cuja reputação sempre foi péssima), revitalizado por ele, mais agora, com a chegada de várias novas espécies à região, além das águas cristalinas. Se você quiser beber, não vai morrer!

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