O carnaval é delas: as mulheres nos blocos
Dados da Secretaria de Cultura mostram que 47% dos blocos têm mulheres em cargos de direção ou coordenação

Dados da Secretaria de Cultura mostram que 47% dos blocos de rua registrados no Rio, este ano, têm mulheres em cargos de direção ou coordenação. A Rocha da Gávea, por exemplo, bloco integrante da Liga Amigos do Zé Pereira, fundado por um grupo de amigos universitários da PUC-Rio há 23 anos, tem uma bateria com 80% de mulheres. O tema é “Que carnaval é esse?”, com saída da Rua Jardim Botânico, esquina com Pacheco Leão, indo até a Praça Santos Dumont, na Gávea, na segunda (03/03).
O bloco Laranjada, fundado em 2003 por moradores da Rua General Glicério, em Laranjeiras, também está com 60% de mulheres ritmistas na bateria. Este ano, eles fazem uma homenagem a Neguinho da Beija-Flor, no domingo de carnaval (02/03).
Já o Quizomba, criado em 2001, vai fazer uma homenagem às “Divas Brasileiras”, com intérpretes e compositoras, como Rita Lee, Clara Nunes, Elis Regina, Beth Carvalho, Marina Lima, Ivete Sangalo, Alcione, Jovelina Pérola Negra e Vanessa da Matta, tendo em cima do trio elétrico as cantoras Anna Ratto e Nanda Monteiro, com mais de 50 mulheres ritmistas (mais da metade) tocando na Magnética, nome da bateria do bloco, que sai dia 8 de março, na Lapa.
“É inspirador ver as mulheres conquistando cada vez mais espaços e deixando sua marca em todos os aspectos da vida, inclusive na folia, onde elas brilham e fazem história”, diz Rodrigo Rezende, presidente da Liga do Zé Pereira.