Prêmio na vida de Gilberto Gil já é rotina: Doutor Honoris Causa pela UFRJ

Na hora do discurso, Gilberto Gil trocou a sigla UFRJ por UERJ durante a entrega do seu 13º Doutor Honoris Causa, nessa terça (10/12), na Escola de Música da universidade, no Centro, mas corrigiu de maneira tão bem-humorada, fazendo trocadilho com as letras, que a plateia, composta também por muitos jovens, foi à loucura. Um deles disse que se fosse definir Gil em apenas uma de suas músicas, seria “A paz”, vendo o estado de espírito do homenageado.

Além da UERJ este ano, também recebeu pela Universidade Regional do Cariri (URCA), em Crato (Ceará), e creia, já são 13 no total, o 1º foi pela Universidade Federal da Bahia, onde ele se formou em Administração de Empresas (em 1964), em 2005, quando era Ministro da Cultura; já recebeu também homenagens internacionais, como pela Universidade de Tulane (EUA) e na Universidade de Aveiro (Portugal).

“Sou um entre tantos outros que estão o tempo todo sendo objeto de reconhecimento e homenagens por parte das escolas. É muito bom, um lugar muito aconchegante essa bolha da cultura. No caso do Brasil, então, onde os afetos são muito intensos e o conforto de estar nessa bolha é muito grande”, disse o artista.

Na mesa da cerimônia, o reitor, Roberto Medronho, o diretor da Escola de Música, Ronal Silveira, e o decano do Centro de Letras e Artes, Afrânio Gonçalves Barbosa.

“Gilberto Gil é a própria cultura popular, o próprio povo, representa uma musicalidade, militância pela cultura, pela desigualdade social e costumo dizer que homenagear pessoas como Gil honra mais a UFRJ do que o homenageado”, disse Medronho.

A decisão de homenagear Gil foi em fevereiro deste ano pela Congregação da Escola de Música e do Conselho de Letras e Artes da UFRJ.

Os reitores sempre esperam que o Gil cante, o que não aconteceu, senão, cada título seria um show, mas para isso, em 2025 ele faz a turnê “Tempo Rei”. Só assim.

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