Rafael Bokor: Castelinho do Flamengo reabre parcialmente com arte
Depois de quase cinco anos fechado, foi inaugurada a Galeria Angelo Venosa, na construção anexa ao Castelinho




Aos poucos o Castelinho do Flamengo está sendo devolvido ao cenário cultural do Rio. Depois de quase cinco anos fechado, foi inaugurada, dia 21 de dezembro passado, a Galeria Angelo Venosa, na construção anexa ao Castelinho, usada décadas atrás como garagem e, no segundo andar, para os quartos dos antigos funcionários.


O Castelinho, na Praia do Flamengo, 158, é um equipamento cultural gerido há décadas pela Prefeitura. Erguido em 1918, é uma das construções mais interessantes da Zona Sul. Seu portão principal art nouveau em forma de borboleta é um de seus inúmeros destaques.





A galeria é uma homenagem a Angelo Venosa (1954-2022), um dos maiores escultores do Brasil. A exposição de estreia foi a “Clube: pinturas de berço”, com 16 obras do artista plástico Maxwell Alexandre sobre os banhistas do Clube de Regatas do Flamengo. A visitação pode ser feita de terça a domingo, das 10h às 18h, até 16 de março. A entrada é gratuita.


O que me chamou a atenção na galeria climatizada foi a maquete perfeita do Castelinho feita anos atrás pelo artista Pedro Gadelha. Lembro do dia em que Pedro deu de presente ao Castelinho essa linda miniatura. Agora depois de cinco anos todos podem admirar de novo a maquete.
Desde 2017, o Castelinho é um dos pontos visitados do Tour Casas & Prédios Antigos do Flamengo. Em 2015, coloquei sua história no livro “Rio-Casas & Prédios Antigos Volume I” e, em 2018, fiz a exposição “Os Outros Castelos” num de seus cômodos. Muitas histórias para contar dessa construção centenária.
