Um novo endereço para Silva, o galo que acordava Ipanema
Depois da mobilização de vizinhos da Rua Nascimento Silva, o galo vai morar num sítio em Magé

Depois de uma vaquinha de menos de 24 horas entre moradores da Nascimento Silva, em Ipanema, o galo Silva (sim, a ave) partiu, nesta quarta (30/01), para sua morada definitiva num sítio em Magé (RJ).
A história: em dezembro do ano passado, um galo cego de um olho e uma pata machucada chegou à rua Nascimento Silva, possivelmente fugindo de alguma rinha clandestina no Morro do Cantagalo, e começou a circular na calçada. Os moradores do primeiro quarteirão da rua o acolheram e ele estava morando no Edifício 7 (prédio onde morava a escritora Marina Colasanti, morta nessa terça, 28/01). Mas ele ficou famoso, a rua toda criou amizade e o batizou de Silva.
Foi então que o topetudo começou a ciscar numa vila ao lado do prédio e cantava com todo vigor das suas cordas vocais em plena madrugada (começava às 2h), com aquele despertador natural para mostrar que estava no comando. Insatisfeitos, os moradores fizeram um movimento sobre dar um fim em Silva, o que se espalhou pelo resto da rua e logo a advogada Flávia Lopes, moradora e atenta às causas animais, organizou o resgate-relâmpago, chamou a 4Patinhas, ONG fundada por Christiane Duarte, com sede em Guapimirim, e foi quando conseguiu um novo lar.
Mas para isso, era preciso dinheiro para transportar Silva e foi então que organizaram uma vaquinha, criada pela jornalista Decca Braga, que criou o grupo “Silva Galo” no WhatsApp, com adesão em tempo recorde. Com os R$ 250 arrecadados, um motorista especializado em transporte de animais de estimação chegou à Nascimento e levou Silva, que não corre mais o risco de acabar numa panela.
Agora a meta é fazer o mesmo por uma galinha chamada Alberta, que está morando na Alberto de Campos desde o início deste ano. Ela costuma voar, mas não sai dali – gostou de morar num dos metros quadrados mais caros da cidade.

A despedida de Silva:
A galinha Alberta: