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O canto verde

No próximo domingo (22), a jornalista Míriam Leitão lança A Perigosa Vida dos Passarinhos Pequenos, seu primeiro livro infantil. Acostumada às análises econômicas, ela se volta desta vez a uma leve reflexão sobre o meio ambiente, que passou pelo crivo de sua pequena neta Mariana antes de ser publicada. A escritora é apaixonada por pássaros […]

Por laisbotelho
Atualizado em 25 fev 2017, 18h58 - Publicado em 13 set 2013, 17h20
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  • No próximo domingo (22), a jornalista Míriam Leitão lança A Perigosa Vida dos Passarinhos Pequenos, seu primeiro livro infantil. Acostumada às análises econômicas, ela se volta desta vez a uma leve reflexão sobre o meio ambiente, que passou pelo crivo de sua pequena neta Mariana antes de ser publicada.

    A escritora é apaixonada por pássaros e dona de uma fazenda em Minas Gerais, uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) com mais de 150 espécies. Ela se inspirou em fatos ocorridos por lá para dar o pontapé inicial à história- que trata do sofrimento e batalha das aves pela busca de área verde, cada vez mais destruída pelos humanos.

    Confira abaixo um bate papo com a autora.

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    Por que resolveu ‘dedicar’ seu livro aos pequenos?

    Eu virei avó há sete anos. Tenho agora quatro netos. Isso me fez retornar com alegria ao universo infantil. Tive que contar e inventar histórias para os pequenos. Como fui uma criança leitora, foi um bom retorno ao que sempre amei: a imaginação da criança.

     

    Que fatos ocorridos na tua fazenda te inspiraram a escrever?

    Na fazenda, os passarinhos estão presentes o tempo todo. Prestar atenção é até natural. Foi assim que eu vi o contra-ataque dos pequenos ao ataque do gavião, por exemplo. Ou o susto dos coleirinhos. Vi a chegada de novos pássaros quanto mais plantávamos árvores para refazer a mata. Num dia de chuva, eu me lembrei quando, na infância, me encolhia num cantinho para ler. Assim nasceu a história, misturando o que tinha observado com a imaginação.

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    Quanto tempo demorou da ideia até a finalização da publicação?

    Escrevi por prazer, sem intenção de publicar. Mas a minha agente, Luciana Villas Boas, perguntou se eu tinha escritos na gaveta e eu mostrei três histórias infantis. Ela adorou. Eu fiz então um estudo aprofundado com dois ornitólogos, Lucas e Luciene, do Aves Gerais, para ver se estava tudo correto tecnicamente. Essa foi uma parte deliciosa. Acordávamos de madrugada para ouvir o canto dos pássaros ao acordar. Eles deram aulas lindas. Descobri que tinha pouca coisa a consertar. Esses dois ornitólogos viraram meus amigos. As outras duas histórias estão com a Rocco e o próximo livro será “A Menina do Nome Enfeitado”, sobre a alegria da entrada no universo da leitura.

     

    Como foi sair do campo frio dos números para pisar no universo infantil?

    Não fui para o jornalismo pelos números, fui pelas letras. Gosto de escrever. Depois descobri que os números são mais vivos do que parecem. Atrás deles há escolhas, dores, alegrias, histórias humanas. Por isso, no meu livro “Saga Brasileira. A longa luta de um povo por sua moeda” eu contei a estabilização também da perspectiva das pessoas, que enfrentaram no seu dia a dia o que as curvas dos gráficos desenharam.

     

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    Que cuidados tomou para passar a mensagem de forma clara?

    Escrevi como quem conversa com uma criança. Me preocupei em criar um enredo, em que um capítulo levasse ao outro. Reli várias vezes e reescrevi trechos que achei que não estavam bons. E, por fim, o teste mais difícil: li para Mariana, minha neta. Ela não gostou de uma parte. Cortei. E aconselhou caprichar na ilustração. E isso Rubens Matuck fez. A ilustração ficou deslumbrante e o trabalho gráfico da Rocco ficou perfeito. Estou apaixonada pelo resultado final.

     

    Que ensinamentos espera que as crianças guardem após a leitura?

    As crianças são surpreendentes e veem coisas que a gente nem se dá conta. Os passarinhos têm que enfrentar um problema ambiental e para isso precisam ter um plano, estratégia e um objetivo final. Precisam fazer aliados, superar divergências, procurar os que moram dentro da floresta. A trama tem várias leituras. Mas eu quis principalmente divertir e encantar. O livro acaba ensinando coisas como o fato de que existem pássaros que só vivem dentro da mata, e os que podem sobreviver em qualquer lugar. Conta um pouquinho de cada um dos personagens. E fala da relação deles com as árvores.

     

    O teu livro é uma forma de levar as questões ambientais para o cotidiano dos pequenos. Como isso deve ser estimulado?

    Acho que o tema ambiental tem que ser tratado de forma leve. Temos que falar dos sonhos. O discurso ambiental às vezes é pesado, e a gente não pode jogar sobre a criança essa história de “você tem que salvar o planeta”. Coitada da criança! Mal chegou aqui e já tem essa responsabilidade. Por isso meu livro não tem um único jargão. Palavras como ‘ambiental’, ‘ecológico’ não estão lá. O problema é simples: está difícil achar árvore para fazer ninho. Como resolver?  E aí a história se desenrola.

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    Divulgação

    Lançamento

    Quando? Domingo (22), 16h

    Onde? Livraria da Travessa do Shopping Leblon- Rua Afrânio de Melo Franco, 290

    No dia, haverá contação de história com Kika Farias e a venda do livro (R$ 34,50), indicado para crianças a partir de 7 anos.

     

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