Depois de uma sessão para convidados ontem (12/10), hoje será a vez do público conferir o filme “Ana”, em sessão no Festival do Rio. O longa metragem do realizador carioca Marcus Faustini conta a história de Ana e reflete sobre temas como a arte drag e a homofobia.
Interpretada por Priscila Lima, a personagem principal é uma jovem mulher residente da periferia, mais precisamente da Pavuna, que enfrenta inúmeros desafios. Após a perda de sua mãe, Ana se vê imersa na responsabilidade de prover para si e para seu irmão, desempenhando uma série de trabalhos na zona sul do Rio de Janeiro.
“Ela é uma mulher batalhadora e solitária, que carrega consigo uma série de questões internas a serem resolvidas. Além dos desafios diários, ela enfrenta a dificuldade de lidar com o irmão mais novo, que, ao explorar a cultura drag, vivencia a tensão de residir em uma área dominada pela milícia. A trama revela essa irmã protetora, que busca encontrar o melhor modo de apoiar e compreender as escolhas do irmão”, explica a atriz.
A expectativa de Faustini é grande quanto a aceitação do público. Para o idealizador “Ana” é um olhar sobre como a delicadeza está sob pressão permanente da dureza da realidade. A relação dele com o Festival do Rio é antiga. Seu primeiro longa de ficção, “Vende-se esta moto”, estreou na edição de 2017.