Pesquisa lançada pelo instituto Ipsos confirma que a cada nova geração o número de pessoas que se identificam como LGBTQIA+ está crescendo, com destaque para a chamada Geração Z (nascidos depois de 1997) com 18% de representatividade.
Realizada em mais de 30 países, a pesquisa aponta ainda que metade dos integrantes dessa geração que se identificaram como parte da comunidade afirmaram ser bissexuais (9%). Quando comparado com outras faixas etárias, o número de bissexuais cresce desde os chamados Millennials (nascidos entre 1981 e 1996). Nessa parte da população os bissexuais representam 4% dos respondentes, um ponto percentual acima dos que se identificaram como homossexuais. Enquanto nas gerações X (1965-1980) e Boomers (1948-1964) os percentuais de bissexuais e homossexuais é igual (2%).
Sobre a identidade de gênero, a nova geração também aparece com uma fluidez mais alta. Enquanto nos Boomers o número dos que não se identificam como não binários e gênero fluido não chega a 2%, na Geração Z o percentual passa para 5%.
Chama a atenção também, que entre os trinta países pesquisados, o Brasil seja o primeiro do ranking com pessoas que se identificam como LGBTQIA, com 15%. Entre os brasileiros os bissexuais são a maior parte da comunidade (7%).
O levantamento do Instituo Ipsos aponta ainda que a maioria dos brasileiros apoia o direito ao casamento civil ou união estável entre pessoas do mesmo sexo (66%), o direito a adoção (69%), a inclusão do terceiro gênero em documentos oficiais (59%) e o uso por pessoas trans do banheiro público do gênero ao qual se identificam (56%).