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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista especializado em pautas LGBTQIA+ Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Rio LGBTQIA+
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Campanha refuta objetificação dos corpos femininos no carnaval

Dove foca especialmente nos turistas estrangeiras para provocar reflexão sobre o tema

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11 fev 2024, 08h18
campanha dove corpos femininos
 (divulgação/Divulgação)
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Se o verão carioca já expõe mais os corpos femininos, o carnaval é uma época em que há ainda mais destaque. Por isso a data foi escolhida pela Dove para lançar uma campanha contra a objetificação do corpo feminino e a redução do mesmo a um estereótipo, especialmente pelos turistas estrangeiros que chegam para curtir a folia.

Leia também: Diretora de Carnaval fala da dificuldade em comandar em um ambiente machista

Segundo uma pesquisa feita pela empresa, 80% das mulheres do nosso país se sentem incomodadas e desrespeitadas com a imagem que os corpos femininos brasileiros são reproduzidos pelo mundo afora. Ainda, a maioria (61%) acreditam que essa imagem impõe um padrão de beleza  que não corresponde ao seu corpo e é irreal para as respondentes.

Esse incômodo com a imagem explorada fora do nosso país foi a inspiração para a agência Soko criar a campanha pra Dove. Com mensagens em espanhol e inglês espalhadas em pontos estratégicos da cidade, como aeroportos, as provocações feitas pela marca pretendem atingir turistas do mundo inteiro que chegam a cidade para esse período.

Campanha Dove em aeroporto
Campanha tem versão em inglês e espanhol para atingir turistas (divulgação/Divulgação)
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“É sabido que o estereótipo do corpo brasileiro é um corpo considerado ‘padrão’ e que isso,  além de afetar a nossa autoestima, resulta na hiper sexualização da mulher brasileira mundo afora”, lembra Andreza Graner, Diretora de Marketing de Dove.

Participam da campanha que também toma conta das redes sociais da marca nomes como Fernanda Paes Leme, Astrid Fontenelle, Dani Rudz, Rafa Brites e Letticia Munniz. Elas trazem debates como sobre pouquíssimas (apenas 15%) brasileiras se sentem representadas pelo esteriótipo de corpo e como a maioria (57%) se sente desconfortável com essa imagem sendo transmitida no exterior.

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