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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

A polêmica sobre a personagem trans em Round 6

Diretor se defende das críticas feitas na escalação de um homem cis para interpretar a personagem

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Atualizado em 2 jan 2025, 21h33 - Publicado em 2 jan 2025, 14h23
Polêmica sobre a personagem trans em Round 6
Hyun-Ju é interpretada por Park Sung-soon (Netflix/Divulgação)
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A estreia da segunda temporada de Round 6, mega sucesso da Netflix, no último dia 26 de dezembro está dando o que falar. Entre outros assuntos, como o final da temporada que gerou crítica até de Anitta, está a personagem trans que aparece nesta temporada.

A representatividade com a presença de Hyun-Ju esbarrou nas críticas pela escalação e um ator homem cisgênero para interpretá-la (o papel é feito pelo ator Park Sung-soon). Chamada de “transfake”, essa prática está cada vez sendo mais criticada, entre outros motivos, por não dar oportunidade para atrizes/atores trans, que já enfrentam dificuldades para conseguir trabalho, fazerem os personagens trans nas produções.

O escritor e produtor Jen Richards explicou no documentário “Revelação”, também disponível na Netflix, a ligação entre homens fazendo papeis de mulher trans e a violência real contra essa população. Para ele o fato de um homem dar vida a personagem faz a ligação na cabeça de algumas pessoas que mulheres trans no fundo são homens. “Isso não acontece quando é uma mulher trans que interpreta. Laverne Cox é tão bonita e glamurosa fora da tela quanto nela. Quando você vê essas mulheres fora das telas ainda mulheres, esvazia completamente a ideia de que elas são de alguma forma homens disfarçados”, explicou.

Criador da série, Hwang Dong-hyuk se defendeu das acusações ao afirmar que encontraram dificuldades em encontrar uma atriz trans na Coréia do Sul. “Quase não há atores/atrizes abertamente trans ou até mesmo gay. Infelizmente na sociedade coreana a comunidade LGBTQIA+ ainda é marginalizada”, explicou ao site TV Guide.

Ele defendeu ainda a inclusão da personagem trans: “Vejo as pessoas que participam dos jogos como as que geralmente são marginalizadas ou negligenciadas pela sociedade e não apenas financeiramente falando”. E completou: “Espero que a personagem possa aumentar a conscientização sobre o problema que enfrentamos hoje”.

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