O mercado de trabalho ainda continua sendo um grande desafio para pessoas LGBTQIA+. E os obstáculos começam antes mesmo de conseguir emprego. Para a maioria (57%) dos brasileiros as empresas têm preconceito em contratar LGBTs. É o que aponta o estudo Oldiversity do Grupo Croma, referência em pesquisas sobre diversidade e inclusão.
Quando é feito o recorte na pesquisa com apenas respostas de pessoas que se identificaram como parte da comunidade a percepção é ainda pior, com 63% dos respondentes acreditando nesse preconceito por parte das empresas.
Ainda, 44% dos LGBTs que participaram da pesquisa afirmam já ter sofrido preconceito por sua orientação sexual em ambiente de trabalho. Toda essa preocupação leva 45%, segundo pesquisa da Catho, a não revelar sua orientação sexual nas empresas em que trabalham.
Apesar disso tudo, o otimismo no futuro é grande. Mais da metade (52%) das pessoas queer acreditam que as marcas e empresas estão se adequando para atender as necessidades da comunidade LGBTQIA+. Além disso, 62% dos respondentes LGBTs acreditam que as políticas públicas do atual governo irão ajudar na melhoria quanto ao preconceito.
Vale lembrar que além de contratar é preciso acolher essas pessoas. O número de profissionais LGBTQIA+ com graves níveis de ansiedade ou depressão é praticamente o dobro quando comparado aos heterossexuais, segundo a Pesquisa Global de Atitudes de Benefícios da WTM.
Promover um ambiente mais inclusivo e diverso é ter maior chance de retorno financeiro, segundo a percepção de mais da metade dos entrevistados pela consultoria McKinsey & Company na América Latina. O mesmo levantamento apontou que 72% dos entrevistados têm a tendência de permanecer por mais tempo nas empresas acolhedoras.